D. António Luciano afirmou que edifício nasceu «para uma boa causa e também para estar ao serviço de muitos» que ali «são acolhidos e cuidados»
Viseu, 17 dez 2024 (Ecclesia) – A Santa Casa da Misericórdia de Viseu inaugurou no passado sábado o Lar Residência Professor José Ceia Moreira Campos, com o bispo diocesano a fazer a bênção das instalações, acompanhado pelo cónego Manuel Matos, capelão da misericórdia.
“Imploro a bênção divina para todos os que integram esta instituição, nela trabalham e a dirigem, para que tenham bom êxito. Agradeço ao benfeitor desta obra e desejo que também ele seja cuidado com amor e muita esperança”, afirmou D. António Luciano, informa o Gabinete de Informação da Diocese de Viseu.
O bispo valorizou o gesto de generosidade do professor José Ceia, benemérito da obra, que não esteve presente na inauguração devido “à idade avançada e problemas de saúde”, sendo representado pelo irmão Joaquim Ceia, indica a diocese de Viseu.
“Já dizia o povo antigo que quando uma pessoa dava e dava com amor e generosidade era esmoler. Que aprendamos a ser esmoler”, referiu.
D. António Luciano realçou que esta residência nasceu “para uma boa causa e também para estar ao serviço de muitos” que ali “são acolhidos e cuidados”.
“O dar é sempre um gesto belo e, neste tempo de Natal, tem um duplo significado, porque ajudamos aqueles que precisam e, ao mesmo tempo, abrimos o coração para aquele que se deu todo a nós, o próprio Jesus”, sublinhou o bispo.
O provedor da Santa Casa da Misericórdia, Adelino Costa, destacou o principal benemérito da obra como “uma pessoa sensível à causa social, dispondo-se a estabelecer diálogos institucionais com vista a contribuir para a viabilização do investimento na reconversão do espaço então devoluto”.
A requalificação do edifício custou um milhão e 600 mil euros, para o qual contribuiu o professor José Ceia com cerca de metade do valor e a Santa Casa assumiu o restante esforço financeiro.
Já Rita Almeida, responsável pela gestão da instituição, descreveu o dia da inauguração como de “muito significado para todos”, com “a concretização de um projeto que tem transformado vidas, oferecendo acolhimento, conforto e dignidade àqueles que mais merecem”, enfatizando o papel crucial de todos os colaboradores, que têm uma “missão honrosa e insubstituível”.
“São vocês que dão vida a este espaço pela vossa dedicação, carinho e humanidade. Resta-me desejar que esta estrutura seja um símbolo de esperança e de união. Que esta casa continue a ser, por muitos anos, um lugar de conforto, afeto e felicidade para todos aqueles que ela acolhe”, desejou.
Instalado na antiga maternidade, o lar, que já está em funcionamento desde maio de 2021, foi construído naquele lugar para estar perto da creche e do pré-escolar, valências frequentadas por 260 crianças, com o objetivo de os juntar, promovendo a interação intergeracional.
LJ/PR