Vida Consagrada: Missionários Monfortinos incentivados à «pastoral do toque», no 350.º aniversário do nascimento do seu fundador

«Ninguém é tocado por uma ideia ou por conceitos abstratos, só uma pessoa viva possui essa capacidade de nos tocar» – D. Rui Valério

Fátima, 31 jan 2023 (Ecclesia) – Os Padres Monfortinos em Portugal celebraram hoje os 350 anos do nascimento do seu fundador, São Luís de Montfort com uma Eucaristia, na Basílica do Santíssimo Rosário do Santuário de Fátima.

“Hoje, nós próprios somos chamados a ser promotores do toque da humanidade com Deus. Enquanto isso não acontecer não haverá realismo, nada é concreto. De facto, ninguém é tocado por uma ideia ou por conceitos abstratos, só uma pessoa viva possui essa capacidade de nos tocar e de nos transmitir a sua força”, disse o bispo das Forças Armadas e de Segurança de Portugal, D. Rui Valério, na homilia da celebração.

Numa intervenção enviada à Agência ECCLESIA, o bispo, missionário Monfortino, explicou que São Luís de Montfort “cultivou muito a sabedoria do toque”, e sem receio, nem complexos, “tocava cada rosto, cada chaga, cada vida, cada degradado”.

D. Rui Valério lembrou o “episódio de Dinan”, quando uma noite, regressando à casa paroquial depois de “um cansativo dia de missão”, São Luís de Montfort encontra um pobre mendigo, “pegou nele, pô-lo aos ombros e, aos gritos, batia à porta da casa sacerdotal onde estava hospedado ‘Abri a Jesus Cristo?’”.

Luís Maria Grignion de Montfort nasceu a 31 de janeiro de 1673, em Montfort-sur-Mur, França, fundou a Congregação dos Padres Monfortinos (Companhia de Maria), em 1712, que estão em Portugal, desde 9 de setembro de 1934.

Na Missa do 350.º aniversário do nascimento do fundador da congregação religiosa, o presidente da celebração lembrou também que “o toque foi o gesto que Jesus praticou tantas vezes”: “Quando tocava em doentes e outros deserdados, e até mesmo em pessoas já mortas, que indica superação de fronteiras, mas representa igualmente a inauguração de novos tempos”.

O bispo das Forças Armadas e de Segurança terminou a homilia, com o exemplo da “maior homenagem à fé cristã” por um capelão militar num Hospital das Forças Armadas que, durante a pandemia de Covid-19, “viveu uma autêntica pastoral do toque”, quando visitava diariamente os doentes acamados e ao “fato protetor, ainda colocava em cada mão diversos pares de luvas para poder pegar na mão de cada um”.

D. Rui Valério começou a homilia por assinalar que o calendário litúrgico da Igreja Católica também oferece hoje a celebração da memória de São João Bosco (Fundador dos Salesianos), e destacou “amores e paixões” que partilhavam os dois santos.

São Luís Maria Grignion de Montfort fundou mais duas congregações, as Irmãs da Sabedoria e os Irmãos de São Gabriel, com “forte dimensão mariana”, escreveu o Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem; em 1706, recebeu o título de ‘Missionário Apostólico’, do Papa Clemente XI.

Os Missionários Monfortinos em Portugal celebram hoje os 350 anos do nascimento do seu fundador, e, no dia 4 de fevereiro, promovem um encontro para os associados festejarem esta efeméride na Casa Montfort, em Fátima, com um programa de oração, reflexão, celebração e convívio, a partir das 16h00.

CB/OC

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