Vaticano: Papa recebeu parlamentares da República Checa e da Eslováquia e lembrou «raízes cristãs» daqueles dois países

Encontro aconteceu no âmbito dos 1150 anos da morte de São Cirilo, responsável pela evangelização dos povos eslavos

Foto Vatican Media

Cidade do Vaticano, 22 mar 2019 (Ecclesia) – O Papa recebeu hoje em audiência uma delegação de membros dos parlamentos da República Checa e da Eslováquia, e desafiou os dois países a “redescobrirem as suas raízes cristãs” como parte essencial da sua “identidade cultural”.

Na mensagem que dirigiu àqueles responsáveis políticos, Francisco salientou que será através da revitalização dessas bases cristãs que será possível “contruir uma sociedade marcada pelo acolhimento mútuo e pela solidariedade entre todos”.

“Trata-se de saber conviver na diversidade, mediante o diálogo, a comunhão, construindo pontes e eliminando as barreiras da diferença e do preconceito. É deste modo que nos tornamos testemunhas da solidariedade e artífices da paz”, apontou o Papa argentino.

Até 1993, a República Checa e a Eslováquia estavam unidas numa só nação, com a independência a acontecer na sequência da chamada ‘Revolução do Veludo’, que colocou um ponto final e introduziu a democracia, em 1989.

A audiência desta sexta-feira com o Papa não esteve relacionada com esta questão, mas com a comemoração dos 1150 anos da morte de São Cirilo, um dos grandes responsáveis pela difusão do cristianismo no meio dos povos eslavos, na Europa de Leste, durante o século IX.

“São Cirilo soube construir relações de conhecimento e de cordialidade entre os povos, e tornou-se um elo de ligação entre diferentes culturas e tradições eclesiais”, destacou Francisco, que recordou ainda a “vasta obra de evangelização” daquele santo.

Um esforço que “constitui um modelo de inculturação que ainda é válido hoje”, considerou o Papa.

Francisco despediu-se dos representantes parlamentares checos e eslovacos com votos de que estes saibam corresponder às expetativas de “quem os elegeu”, e se afirmem como “protagonistas da fraternidade” e “promotores irrepreensíveis do bem-comum”.

JCP

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