Vaticano: Papa denuncia «solidão e marginalização» dos doentes

Francisco assinalou Jornada Mundial dedicada a estas pessoas, pela Igreja Católica

Cidade do Vaticano, 11 fev 2018 (Ecclesia) – O Papa Francisco denunciou hoje no Vaticano a “solidão e marginalização” dos doentes, no dia em que a Igreja Católica celebra a sua 26ª Jornada Mundial dedicada a estas pessoas.

“Dirijo um pensamento especial aos doentes que, em todas as partes do mundo, para além da falta de saúde, sofrem muitas vezes com a solidão e a marginalização”, disse, no final do encontro de oração que reuniu milhares de pessoas na Praça de São Pedro, para a recitação do ângelus.

Desde a janela do apartamento pontifício, Francisco rezou para que todos os doentes possam encontrar “conforto no corpo e no espírito”, através de uma “adequada assistência sanitária” e da “caridade fraterna”, que implica uma “atenção concreta e solidária”.

O Papa apresentou como exemplo a figura de Jesus Cristo e o seu “coração pleno de compaixão” para com quem sofre.

A tradicional catequese partiu de um episódio relatado nos Evangelhos, no qual Jesus cura um leproso, alguém considerado “impuro” aos olhos da lei religiosa do seu tempo.

“Nesta cura podemos admirar, para lá da compaixão, também a audácia de Jesus, que não se preocupa nem com o contágio nem com as prescrições, mas é movido apenas pela vontade de libertar aquele homem de uma maldição que o oprime”, observou Francisco.

O Papa quis sublinhar que “nenhuma doença é causa de impureza”.

De improviso, o pontífice pediu aos presentes que rezassem, em silêncio, para serem “purificados” das doenças da lama, como “o egoísmo, a soberba, entrar no mundo da corrupção”.

Francisco convidou todos a pensar “no coração, ver dentro de si, as suas próprias impurezas, os seus próprios pecados”.

O Papa recorreu também à sua conta do Twitter, ‘@pontifex’, para assinalar esta jornada: “As pessoas doentes devem ser sempre amadas na sua fragilidade e respeitadas na sua inviolável dignidade”.

A Igreja Católica celebra hoje o 26.º Dia Mundial do Doente, no qual o Papa Francisco convida as comunidades católicas e a sociedade a colocar a dignidade de todas as pessoas no centro das suas preocupações.

A mensagem para a celebração, que acontece anualmente na festa litúrgica de Nossa Senhora de Lurdes, assinala que inteligência organizativa e a caridade exigem que a pessoa do doente seja respeitada “na sua dignidade e sempre colocada no centro do processo de tratamento”.

OC

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