Vaticano: Papa convida católicos a procurar «refúgio» em Maria, diante das dificuldades

«Não serão as ideias ou a tecnologia a dar-nos conforto e esperança», disse, ao celebrar a Festa da Trasladação do ícone «Salus Populi Romani»

Roma, 28 jan 2018 (Ecclesia) – O Papa deslocou-se hoje à Basílica de Santa Maria Maior, em Roma, para presidir à Festa da Trasladação do ícone ‘Salus Populi Romani’, de que é particularmente devoto, desafiando os católicos a procurar “refúgio” na Virgem Maria.

“Não serão as ideias ou a tecnologia a dar-nos conforto e esperança, mas o rosto da Mãe, as suas mãos que acariciam a vida, o seu manto que nos abriga. Aprendamos a encontrar refúgio, indo todos os dias para junto da Mãe”, disse, na homilia da celebração matinal.

O ícone que representa Maria com o menino Jesus nos braços foi recentemente restaurado.

Francisco tem mostrado uma especial devoção por esta imagem: após a sua eleição papal e antes e depois de qualquer viagem internacional, desloca-se à Basílica de Santa Maria Maior para rezar e depositar flores junto ao altar.

“Recorremos, procuramos refúgio. Os nossos pais na fé ensinaram-nos que, nos momentos turbulentos, é preciso acolhermo-nos sob o manto da Santa Mãe de Deus”, afirmou hoje.

O Papa evocou a devoção mariana dos cristãos e dos monges das Igrejas do Oriente.

“Esta sabedoria, que vem de longe, ajuda-nos: a Mãe guarda a fé, protege as relações, salva nas intempéries e preserva do mal. Onde Nossa Senhora é de casa, o diabo não entra; onde está a Mãe, a perturbação não prevalece, o medo não vence”, defendeu.

Francisco apresentou a Virgem Maria como “a arca segura no meio do dilúvio”.

O portal de notícias do Vaticano explica que a Salus Populi Romani (Salvação do povo de Roma) é um dos “mais famosos e venerados ícones marianos”, “particularmente venerada pelos romanos” que “invocam a sua proteção para a vida quotidiana”.

A celebração litúrgica de hoje coincidiu com a exposição do ícone que foi restaurado, de forma a “recuperar a beleza original e a realidade histórica da obra”.

LS/OC

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