Vaticano: Papa apela à solidariedade com a população de Valência

Arquidiocese local vai promover recolha de donativos em todas as comunidades católicas

Foto: Lusa/EPA

Cidade do Vaticano, 03 nov 2024 (Ecclesia) – O Papa apelou hoje à oração e solidariedade com as populações afetadas pelas inundações da última semana na Comunidade Valenciana.

“Continuemos a rezar por Valência e por outras localidades de Espanha, que tanto sofrem nestes dias. O que é que faço pela população de Valência? Rezo? Ofereço alguma coisa? Pensemos nesta pergunta”; disse, desde a janela do apartamento pontifício, após a recitação do ângelus.

A tempestade que assolou a região espanhola, na última terça-feira, provocou pelo menos 214 mortos, centenas de pessoas desaparecidas e elevados danos materiais na Comunidade Valenciana.

A Arquidiocese de Valência anunciou que vai promover uma recolha de donativos, a 9 e 10 de novembro, em todas as comunidades católicas.

“Da dor e da consternação por tudo o que aconteceu na nossa diocese, apelamos à solidariedade que se expresse na coleta do Dia da Igreja Diocesana, que será inteiramente destinada às paróquias afetadas pela tempestade”, refere uma nota divulgada online.

As paróquias valencianas e todos os movimentos da diocese continuam a colaborar na localização de centros de recolha de roupa, alimentos e bens de primeira necessidade, solicitando que donativos financeiros sejam feitos através da Caritas Valenciana.

Foto: Lusa/EPA

Vários grupos de sacerdotes, religiosas e jovens de diferentes partes da diocese juntaram-se aos voluntários coordenados pela Generalitat Valenciana através do centro de voluntariado, instalado na Cidade das Artes e das Ciências de Valência.

O fenómeno meteorológico conhecido como DANA (DINA, em português) causou chuvas torrenciais e cheias em diversos pontos de Espanha, sobretudo na Comunidade Valenciana.

OC

Na saudação aos peregrinos reunidos na Praça de São Pedro, o Papa dirigiu-se à ONG ‘Emergency’, que se inspira no artigo 11.º da Constituição Italiana, que “repudia a guerra como instrumento de ofensa à liberdade dos outros povos e como meio de resolução de litígios internacionais”.

“Lembremo-nos deste artigo e que este princípio seja aplicado em todo o mundo. Que a guerra seja banida e que os assuntos sejam resolvidos com a lei e as negociações, que as armas sejam silenciadas, que se dê espaço ao diálogo”, apelou Francisco.

O Papa encerrou a sua intervenção com pedidos de oração “pela martirizada Ucrânia, pela Palestina, por Israel, pelo meu Mianmar, pelo Sudão”.

Numa mensagem aos católicos da Estónia, divulgada hoje, Francisco sublinhou que “a guerra atual na Europa é uma fonte de profunda ansiedade e ecoa tragicamente os momentos mais sombrios de outrora”.

O Papa pede que os cristãos do país, juntamente com todas as pessoas de boa vontade, procurem “estender a mão da amizade aos refugiados e aos mais vulneráveis”.

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