Vaticano: Migrações, refugiados e diálogo ecuménico na agenda do Papa para a viagem ao Chipre e à Grécia

Sala de Imprensa da Santa Sé divulgou programa da deslocação apostólica, entre os dias 2 e 6 de dezembro

Cidade do Vaticano, 13 nov 2021 (Ecclesia) – A Sala de Imprensa da Santa Sé divulgou hoje o programa da viagem do Papa Francisco ao Chipre e à Grécia, onde passa por territórios marcados pelos temas das migrações, refugiados, diálogo inter-religioso e tensões políticas com a Turquia.

A viagem apostólica do Papa vai decorrer em cinco dias, entre 2 e 6 de dezembro e, após o acolhimento no Aeroporto Internaiconal de Lárnaca, o Papa desloca-se para Nicósia para se encontrar com sacerdotes, religiosos e religiosas, diáconos, catequistas, associações e movimentos do Chipre, na Catedral Maronita de Nossa Senhora das Graças.

O programa do dia 2 de dezembro completa-se com o encontro, no Palácio Presidencial, para uma visita de cortesia ao presidente da República e com as autoridades da sociedade civil e do Corpo Diplomático.

No dia 3 de dezembro, em Nicósia, o Papa visita o arcebispo ortodoxo do Chipre, Sua Beatitude Chrysostomos II, tem um encontro com o “Santo Sínodo” na Catedral Ortodoxa de Nicósia, e preside a uma Missa no “GSP Stadium”; de tarde, o Papa participa numa oração ecuménica pelos migrantes, na Igreja Paroquial de Santa Cruz.

A visita do Papa ao Chipre acontece numa ocasião em que, nos primeiros 10 meses deste ano, chegaram ao Chipre mais de 10 mil migrantes, a maioria deslocando-se do norte cipriota turco para procurar asilo no sul; em 1974, a Turquia invadiu o Chipre e autoproclamou a República de Chipre do Norte; no final de setembro deste ano, o presidente de Chipre, Nikos Anastasiades, criticou as autoridades turcas durante um discurso na Assembleia da ONU, acusando-as de impedir qualquer solução do conflito na Ilha, tentando converter o Chipre num “protetorado”.

A visita do Papa ao Chipre, num contexto de tensões políticas e sociais, termina no dia 4, sábado, com a partida de Francisco para Atenas, onde inicia a visita com um encontro com o presidente da República, o primeiro-ministro, as autoridades, a sociedade civil e o Corpo Diplomático.

Na tarde do dia 4, o Papa visita o arcebispo de Atenas e de toda a Grécia, Sua Beatitudine Ieronymos II, no Arcebispado Ortodoxo da Grécia.

Antes do encontro com os membros da Companhia de Jesus, que acontece nas viagens internacionais do Papa, Francisco encontra-se com os bispos, os sacerdotes, religiosos e religiosas, seminaristas e catequistas na Catedral de São Dionísio, em Antenas.

No domingo, dia 5 de dezembro, a visita do Papa começa em Mitilene, capital da Ilha de Lesbos, onde o Papa visita refugiados, deslocando-se depois novamente para Atenas, onde preside a uma Missa na Sala de Concertos de Atenas; o programa do Papa termina com uma receção ao arcebispo e Atenas e de toda a Grécia, Sua Beatitudine Ieronymos II, na Nunciatura Apostólica de Antenas.

No último dia da deslocação apostólica do Papa, Francisco recebe a visita do presidente do Parlamento de Antenas, na Nunciatura Apostólica, e, antes de partir para o Vaticano, tem um encontro com jovens.

No Chipre, a viagem do Papa tem por tema “Consolai-vos na Fé” e a imagem gráfica da viagem apostólica do Papa é construída a partir do mapa do Chipre, com o Papa Francisco à esquerda, voltado para São Barnabé, patrono da Ilha, com um ramo de oliveira amarrado a uma espiga, à direita.

O tema da viagem do Papa, “Consolai-vos na fé”, inspira-se no apóstolo Barbabé e refere-se à importância do “conforto e encorajamento recíproco” enquanto “dimensão essencial para o diálogo, o encontro e o acolhimento e caraterísticas marcantes da vida e da História da Ilha”.

Na Grécia, o logotipo representa a Igreja como uma barca “que atravessa águas turbulentas do mundo, com a cruz de Cristo como mastro e o Espírito Santo a inflamar as velas, cuja forma estilizada evoca a figura do Papa”.

O tema da viagem do Papa à Grécia é retirado da 36º Mensagem de Francisco para a Jornada Mundial da Juventude, expressa na frase “abramo-nos às surpresas de Deus, que quer fazer resplandecer a sua luz sobre o nosso caminho” e exprime “a esperança que a visita do Papa traga um raio de luz para o futuro” do país, com um “passado luminoso”.

Francisco fez até hoje 34 viagens internacionais, nas quais visitou 52 países, passando pelo Brasil, Jordânia, Israel, Palestina, Coreia do Sul, Turquia, Sri Lanka, Filipinas, Equador, Bolívia, Paraguai, Cuba, Estados Unidos da América, Quénia, Uganda, República Centro-Africana, México, Arménia, Polónia, Geórgia, Azerbaijão, Suécia, Egito, Portugal, Colômbia, Mianmar, Bangladesh, Chile, Perú, Bélgica, Irlanda, Lituânia, Estónia, Letónia, Panamá, Emirados Árabes Unidos, Marrocos, Bulgária, Macedónia do Norte, Roménia, Moçambique, Madagáscar, Maurícia, Tailândia, Japão, Iraque, Hungria e Eslováquia; as cidades de Estrasburgo (França), onde esteve no Parlamento Europeu e o Conselho da Europa; Tirana (Albânia), Sarajevo (Bósnia-Herzegovina) e Lesbos (Grécia).

PR

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