Taizé: Presidente da Comissão Europeia destaca que «ano de sofrimento tornou-se um ano de solidariedade»

Jovens do encontro europeu da comunidade ecuménica receberam também mensagens de vários líderes religiosos

Foto Cédric Nisi, Taizé

Lisboa, 28 dez 2020 (Ecclesia) – A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, recordou aos jovens que participam no encontro online da Comunidade de Taizé que “os sinais de esperança vêm de todos os cantos da terra” e “todos” precisam “uns dos outros”.

“Jovens de todas as nacionalidades mobilizaram-se pelo nosso planeta. Na Europa decidimos unir forças para apoiar os países que foram mais afetados pela pandemia: Este ano de sofrimento tornou-se um ano de solidariedade”, escreveu na sua mensagem para o Encontro Europeu de Jovens.

A presidente da Comissão Europeia recorda que este ano “um número incontável de homens e mulheres dedicou o seu tempo e até arriscou as suas vidas para ajudar os idosos, os doentes, os solitários”.

Ursula von der Leyen recordou que “ninguém se salva sozinho”, invocando o Papa Francisco, e explicou que “todos” precisam “uns dos outros” para por fim à pandemia e à “destruição da Criação, para construir uma economia mais verde e mais justa”.

“Numa época de tão grandes desafios para a Europa e para o mundo seria fácil cair no desespero. Mas, como nos recordou o irmão Alois [prior da Comunidade de Taizé], os sinais de esperança vêm de todos os cantos da terra”, escreveu Ursula von der Leyen.

Desde domingo, e até dia 1 de janeiro de 2021, a comunidade ecuménica de Taizé (França) está a realizar o seu Encontro Europeu de Jovens de final de ano através dos meios online, e receberam também várias mensagens de líderes de Igrejas Cristãs para esta 43.ª edição da sua peregrinação de confiança.

“O ano de 2020 que está a chegar ao fim trouxe consigo incertezas, sofrimento e tristeza. No alvorecer de 2021 vemos finalmente o vislumbre de uma luz, pequena e frágil, uma saída da crise que teremos de esperar pacientemente”, assinalou o patriarca de Constantinopla.

Bartolomeu I observa que as crises, sobretudo globais, “revelam a fragilidade da humanidade e a profunda dependência do amor de Deus que nunca deixa de abraçar”, mesmo quando “deixam de acreditar nele”.

O Patriarca de Moscovo, Kirill, destacou que a esperança cristã “surge diretamente de uma entrega total de si mesmo, da própria vida e do trabalho nas mãos de Deus”: “Então perceberemos que a sua luz não se enfraquecerá nas trevas deste mundo”.

“Não tenham medo”, pede o arcebispo de Cantuária, líder da Igreja Anglicana, diante do “medo da doença e da morte, ou pelo futuro e bem-estar”, recordando “a mensagem de conforto e alegria” do anjo.

Justin Welby convidou os jovens tornarem-se “todos os mensageiros de consolação e de alegria para aqueles que estão cheios de medo ou cuja esperança se desvanece”, neste tempo de incerteza.

O pastor Christian Krieger, presidente do Conferência das Igrejas Europeias (Kek), afirmou que os cristãos “têm a vocação de ser portadores de confiança e testemunhas de esperança”, recordando diversos desafios como a crise sanitária e a emergência climática, a tragédia dos migrantes e a necessidade de encontrar “uma resposta humana para os irmãos e irmãs que se afogam no Mar Mediterrâneo.

O Papa Francisco na sua mensagem também incentivou os jovens que participam no 43º Encontro Europeu da Comunidade Ecuménica de Taizé a deixarem-se “habitar” pela “esperança” que dará “a coragem de seguir Cristo, de trabalhar juntos pelos e com os mais desfavorecidos”.

Na mensagem para 2021, o prior da comunidade ecuménica sediada em França, o irmão Alois, também convidou a ‘manter a esperança em tempo propício e fora dele’, incentivando, por exemplo, a “viver a fraternidade” e a “modificar o olhar”.

CB

 

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