Sociedade: «A paz não é uma utopia. A paz é possível através do diálogo, da comunhão entre os povos» – coordenador nacional do «Living Peace» (c/vídeo)

No âmbito do Dia Escolar da Não Violência e da Paz, José Manuel Gonçalves fala sobre o projeto que coordena e do impacto que tem nas escolas

Porto, 30 jan 2024 (Ecclesia) – O coordenador nacional do projeto ‘Living Peace’ de educação para a paz nas escolas defende que “a paz não é uma utopia”, acreditando que o caminho no seu encalço passa pelo “permanente diálogo com todos os crentes, com todas as religiões”.

“A paz é possível através do diálogo, da comunhão entre os povos, respeitando-nos mutuamente, através da tolerância”, afirmou José Manuel Gonçalves, em entrevista à Agência ECCLESIA.

No âmbito do Dia Escolar da Não Violência e da Paz, que hoje se assinala, e da aproximação do 5º aniversário da assinatura da declaração sobre a fraternidade humana, o responsável abordou o impacto do ‘Living Peace” nas escolas.

“É um projeto que cabe em todos os outros projetos. Porque ele coopera, chamando a atenção do caminho para a paz. E, por isso, entra facilmente nas escolas. E hoje tem combatido o isolamento, o estar ausente. Combate os conflitos normais entre as crianças, a discriminação, promove a inclusão”, explica.

“Acima de tudo, o projeto ‘Living Peace’ convida a viver a paz. E convida a educar-se para a paz”, realça.

José Manuel Gonçalves descreve que, nesta data, o projeto que coordena leva aos estabelecimentos de ensino a dimensão da relação com os outros, “o chamar a atenção para a paz”.

“As escolas têm feito um trabalho fantástico. Surpreende-me todos os dias, porque vai chegando sistematicamente o empenho generoso dos professores, da comunidade educativa, dos pais, das autarquias”, descreve.

O projeto ‘Living Peace’ está presente em 134 países, em mais de duas mil escolas, e baseia-se no lançamento do Dado da Paz, cujas faces em vez de números têm frases, que “ajudam a construir relacionamentos de paz entre todos”.

O responsável adianta que “são 87 dados gigantes que apelam à paz em todo o mundo”, “42 dados em diversas línguas por todo o mundo” e “sete dados gingantes em todo o país”.

“Estamos em todo o continente, em todos os continentes, estamos de uma forma global a viver a paz, a levar a paz, a construir a paz. E ela começa, não é na escola, ela começa em mim. A paz começa por mim. E é isto nós levamos aos nossos alunos, aos nossos jovens, às nossas crianças”, desenvolve.

O responsável conta um episódio em que no Centro de Educação e Desenvolvimento Nossa Senhora da Conceição (Casa Pia de Lisboa), a diretora lhe disse: “José, este projeto é vida. A escola está a mudar, o comportamento, há a resolução dos conflitos. Os miúdos estão entusiasmados. Eles são muito sensíveis ao tema da paz e à educação da paz”.

“E foi assim que fomos fazendo e caminhando. E depois fomos agregando outras escolas. Porque o essencial deste projeto é a partilha”, acrescentou, em entrevista transmitida hoje no Programa ECCLESIA, RTP2.

Este ano, José Manuel Gonçalves revela que em “finais de março, princípios de abril” a Escola de Embaixadores de Paz vai arrancar no país: “Este ano vai ser organizada por Portugal”.

“Todos os jovens de Portugal inteiro”, que o projeto reconheça que “trabalham pela paz” podem aceder à escola, indicou.

Jovens do “próprio do Movimento dos Focolares”, do ensino secundário, da sociedade, das paróquias, da catequese e do escutismo são convocados pelo ‘Living Peace’.

O Dia anual da Não-violência e da Paz nasceu em Espanha e foi instituído pela UNESCO a 30 de janeiro, o dia da morte do pacifista indiano Mahatma Gandhi.

HM/LJ/OC

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