Sínodo dos Bispos para o Médio Oriente foi marco positivo, num ano difícil para os cristãos da região

Na sua mensagem de Natal, a Igreja Católica de Jerusalém fez um balanço ao ano de 2010

A Igreja Católica de Jerusalém destaca a realização do Sínodo dos Bispos para o Médio Oriente como um dos aspectos mais positivos de 2010, defendendo que aquele evento trouxe maior visibilidade às questões que afectam as comunidades cristãs da região.

“Durante o Sínodo, pudemos mostrar as nossas feridas e medos, mas ao mesmo tempo expressar os nossos anseios e esperanças” declara o arcebispo Fouad Twal, na sua mensagem de Natal, publicada pela agência AsiaNews.

O patriarca latino de Jerusalém, que aproveitou a quadra natalícia para analisar alguns dos acontecimentos marcantes de 2010, definiu o sofrimento actual dos cristãos no Iraque, vítimas de perseguição religiosa, como “uma ferida” que afecta aquele país.

Também aqui o Sínodo foi essencial para o arcebispo, pois durante o encontro “condenou-se todo o tipo de violência, fundamentalismo religioso, anti-Semitismo ou anti-judaismo”.

Recorde-se que a 24ª assembleia do Sínodo dos Bispos, primeira para a região do Médio Oriente, decorreu entre 10 e 24 de Outubro no Vaticano, tendo como lema “a Igreja Católica no Médio Oriente: comunhão e testemunho. «A multidão dos crentes tinha um só coração e uma só alma»”.

Numa Jerusalém tantas vezes marcada pelo “martírio” e pelo “desejo de paz”, o arcebispo Fouad Twal destaca ainda, como marco de esperança, o reatamento das negociações de paz entre Israel e a Autoridade Palestiniana, mediadas pelo Vaticano.

O prelado chama a atenção também para o aumento recorde do número de peregrinos na Terra Santa, que este ano chegou aos 3,4 milhões de pessoas.

Trata-se de “um exemplo significativo da dimensão universal de Jerusalém, Belém e Nazaré, e da boa recepção dada aos peregrinos por parte das nossas igrejas e pessoas” conclui.

O arcebispo Fouad Twal é o patriarca latino de Jerusalém desde 2008, velando actualmente por cerca de 70 mil católicos romanos em Israel, nos territórios palestinianos, na Jordânia e no Chipre.

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