Setúbal: Diocese reage «com alegria» à nomeação de D. Américo Aguiar como novo bispo

«Ele irá continuar a traçar e a abrir novos caminhos connosco» – Padre José Lobato

Foto Departamento da Juventude da Diocese de Setúbal/AS

Setúbal, 21 set 2023 (Ecclesia) – O administrador diocesano de Setúbal manifestou hoje “alegria” pela nomeação do novo bispo da diocese, D. Américo Aguiar, destacando a sua personalidade, dinamismo e afirmou que vai “continuar a traçar e a abrir novos caminhos” com esta Igreja.

“D. Américo traz consigo, na originalidade da sua personalidade, a mesma compaixão de Cristo bom pastor, a mesma capacidade de ser fonte de unidade, o mesmo dinamismo apostólico de conduzir o povo de Deus na reconciliação, na misericórdia, na construção do mundo justo e pacífico”, escreveu o padre José Lobato, na mensagem divulgada pela Diocese de Setúbal.

O Papa nomeou hoje D. Américo Aguiar, até agora auxiliar de Lisboa, como novo bispo de Setúbal, informou sala de imprensa da Santa Sé.

Para o administrador diocesano de Setúbal este acontecimento traz à memória os três bispos anteriores que “muitos” na diocese receberam desde 1975: D. Manuel Martins, D. Gilberto dos Reis, D. José Ornelas.

D. Américo Aguiar, que vai ser criado cardeal a 30 de setembro, pelo Papa Francisco, assume uma diocese que se encontrava em sede vacante desde março de 2022, após a saída de D. José Ornelas para Leiria-Fátima.

“Àqueles que há longos meses – incluindo não cristãos – têm perguntado ‘quando temos bispo?’ posso hoje responder com alegria, uma alegria semelhante à de João Batista: «Ele está no meio de nós!»”, assinala.

Em conferência de imprensa, realizada esta manhã no Porto, o bispo eleito de Setúbal informou que a tomada de posse da diocese vai acontecer a 26 de outubro, o mesmo dia em que, no ano de 1975, decorreu a ordenação episcopal de D. Manuel Martins; a Missa de entrada solene está marcada para o dia 29 de outubro.

“Ele vem em nome de Cristo, para continuar a missão dos Apóstolos. Ele vem para continuar percursos, nem sempre fáceis, iniciados e percorridos com esperança e com dor pelos seus antecessores e por este ‘bom povo de Setúbal’, como nos chamava o nosso 1º Bispo”, explica o padre José Lobato.

Segundo o administrador diocesano de Setúbal, o bispo eleito vai “continuar a traçar e a abrir novos caminhos” com esta Igreja, este ‘bom povo’ que “vai conhecer e também amar”.

A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), através do seu presidente, saúda D. Américo Aguiar e deseja que, “à luz do caminho sinodal que a Igreja está a viver, o Espírito do Senhor acompanhe e torne fecundo o seu ministério junto do Povo de Deus, na península de Setúbal”.

“Certamente que os dons que Deus lhe concedeu, e que foram germinando ao longo do seu percurso enquanto sacerdote na Diocese de Porto, Bispo auxiliar de Lisboa e, nomeadamente, como coordenador da JMJ Lisboa 2023, estarão ao serviço da Igreja de Setúbal nos desafios com que esta se confronta”, desenvolve D. José Ornelas, bispo de Leiria-Fátima.

D. José Ornelas, como bispo emérito de Setúbal, dá “graças a Deus” e alegra-se pela nomeação de D. Américo Aguiar.

“Vem ao encontro da necessidade da Diocese, após este tempo de sede vacante. Felicito fraternamente D. Américo e imploro as abundantes bênçãos de Deus para o seu serviço episcopal à Igreja de Setúbal, contando com a participação sinodal de todo o seu povo”, acrescenta, na nota publicada no sítio online da CEP.

Foto: Ricardo Perna/JMJ

Natural de Leça do Balio, Diocese do Porto, D. Américo Aguiar nasceu a 12 de dezembro de 1973 e foi ordenado sacerdote em 2001; desde 2016, é presidente das empresas do Grupo Renascença Multimédia, tendo sido nomeado bispo auxiliar de Lisboa pelo Papa Francisco, a 1 de março de 2019.

O presidente da fundação responsável pela organização da JMJ Lisboa 2023 foi ordenado bispo no Porto a 31 de março de 2019, numa cerimónia que decorreu na Igreja da Trindade, sob a presidência do então cardeal-patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente.

D. Américo Aguiar tem como lema episcopal as últimas palavras de Jesus na cruz, ‘In manus tuas’ (Nas tuas mãos), em homenagem a D. António Francisco dos Santos, falecido bispo do Porto, que o adotou também.

CB

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