Santarém: Pároco de Alcanede vai subir ao castelo da vila, no dia do Corpo de Deus

Depois da Missa campal, sacerdote faz oração e bênção acompanhado por 17 jovens, representando cada lugar

Foto: J. F. Alcanede

Santarém, 09 jun 2020 (Ecclesia) – O padre António Vicente Gaspar, pároco de Alcanede, na Diocese de Santarém, vai proceder à bênção da localidade do alto do castelo, depois da celebração da Eucaristia da solenidade do Corpo de Deus.

A iniciativa, esta quinta-feira, é apresentada como forma de “proximidade” e de “gesto reconfortante”. 

“Neste mês de junho estamos a celebrar no parque de jogos, em Missa campal, e a ideia é concentrar um grupo de jovens, de diferentes comunidades, no castelo da vila e na torre mais alta fazermos uma oração e bênção à paroquia”, disse hoje o sacerdote à Agência ECCLESIA. 

A Eucaristia acontece esta quinta-feira, na solenidade do Corpo de Deus, pelas 19h00, seguida de uma subida ao castelo de Alcanede, onde apenas o sacerdote e os 17 jovens farão um momento de oração, transmitida pela página Facebook da paróquia. 

Se eu puder fazer com criatividade, dentro da solenidade própria, mostrar que a Igreja está com eles e não os abandona é uma mensagem fortíssima; neste tempo de pandemia não podemos pedir mais às pessoas, tem sido uma grande vivência doméstica com todos os desafios e precisam agora de proximidade e gestos reconfortantes”.  

O padre Vicente Gaspar nunca imaginou ter de subir a um castelo, nestas circunstâncias, mas acredita ser “importante o simples gesto de proximidade”, uma vez que já há muitas dificuldades que vão surgindo devido à pandemia, nomeadamente “empregos em risco” e “futuro com mais dificuldades”.

“É um momento com os jovens, sendo o ponto mais alto da freguesia a ideia é chegar mais alto para que a graça e a bênção de Deus chegue a todos, daquela torre de menagem para a paróquia inteira, no fim de dia e com o pôr-do-sol como cenário”, descreve.

Foto: Paróquia de Alcanede

Aproveitando a existência do castelo de Alcanede, que considera estar “bem desprezado”, o pároco alia a “riqueza do património” à oração, uma marca deste tempo que “uniu a paróquia”.  

“Fui tendo ao longo deste tempo de pandemia uma noção grande da sede, da carência, das expectativas e medo das pessoas; durante os 31 dias do mês de maio tivemos a recitação do terço online com diversos grupos, a banda, os professores, o rancho, equipas jovens de Nossa Senhora, a catequese e foram momentos que tocaram as pessoas e todos queriam dar o seu contributo, o terço parece que as congregava”, explica o sacerdote, de 56 anos. 

SN

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