Tradicional visita à Praça de Espanha realizou-se de forma privada, por causa da pandemia
Roma, 08 dez 2020 (Ecclesia) – O Papa deslocou-se hoje à Praça de Espanha, no centro de Roma, para rezar junto da imagem de Nossa Senhora, na solenidade da Imaculada Conceição, evocando os doentes de todo o mundo.
A tradicional visita realizou-se este ano de forma privada, para evitar aglomerações, por causa da pandemia, informou o Vaticano.
Francisco chegou ao local pelas 07h00 (menos uma em Lisboa), num dia de chuva, e depositou um ramo de rosas brancas na base da coluna onde se encontra a imagem de Nossa Senhora.
“Em oração, pediu à Mãe de Jesus que guarde Roma e seus habitantes, confiando-lhe todos os que na cidade e no mundo, sofrem com a doença e o desencorajamento”, refere a nota da sala de imprensa da Santa Sé enviada aos jornalistas.
Cerca das 07h15, o Papa deixou a Praça de Espanha e foi até à Basílica de Santa Maria Maior, onde rezou diante do ícone de Maria ‘Salus Popoli Romani’ e celebrou a Missa na capela do presépio, antes de regressar ao Vaticano.
Horas mais tarde, no encontro com os peregrinos reunidos na Praça de São Pedro para a recitação do ângelus, o Papa falou sobre esta iniciativa, que decorreu de forma “privada”.
“Como sabeis, hoje à tarde não terá lugar a tradicional homenagem à Imaculada, na Praça de Espanha, para evitar o risco de aglomerações, como foi disposto pelas autoridades civis, às quais devemos obedecer”, indicou.
“Isto não nos impede de oferecer à nossa Mãe as flores de que ela gosta mais: a oração, a penitência, o coração aberto à graça”, disse ainda.
O dogma da Imaculada Conceição de Maria foi proclamado a 8 de dezembro de 1854, através da bula ‘Ineffabilis Deus’, do Papa Pio IX, na qual declara a santidade da Virgem Santa Maria desde o primeiro momento da sua existência, sendo preservada do pecado original.
A imagem da Praça de Espanha, em Roma, foi construída três anos depois.
OC
Notícia atualizada às 11h30
| Antes da oração do ângelus, o Papa refletiu sobre o sentido da solenidade da Imaculada Conceição, “uma das maravilhas da história da salvação”.
“A Virgem Maria também foi salva por Cristo, mas de uma forma absolutamente extraordinária, porque Deus quis que desde o momento da conceção a mãe do seu Filho não fosse tocada pela miséria do pecado”, precisou. Francisco convidou a um “exame sério da própria vida”, sem adiar esse momento, falando num “sentido cristão do ‘carpe diem’”. “Não desfrutar da vida no momento fugaz, não, esse é o sentido do mundo. Mas aproveitar o presente para dizer ‘não’ ao mal e ‘sim’ a Deus; para se abrir à sua Graça; para deixar finalmente de se fechar em si próprio”, observou. O Papa declarou que “todo o ser humano é criado por Deus para aquela plenitude de santidade, para aquela beleza com que Nossa Senhora foi revestida desde o início”. |