Roma: Idosos são «braços» do mundo e da Igreja – Francisco

Visita do Papa levou festa a paróquia dos subúrbios da capital italiana

Roma, 25 fev 2018 (Ecclesia) – O Papa Francisco visitou hoje a paróquia de São Gelásio I, na periferia leste da capital italiana, onde deixou uma mensagem em defesa dos idosos, “braços” do mundo e da Igreja.

A 16ª passagem do atual bispo de Roma por uma das paróquias da capital italiana contou com momentos de oração, encontros com jovens e idosos, doentes, pobres e imigrantes.

A festa estava preparada há vários dias e, apesar da chuva, centenas de pessoas receberam o Papa no campo desportivo, com balões amarelos e brancos, as cores do Estado do Vaticano.

As crianças ofereceram a Francisco um saco cheio de cartas e desenhos, contando-lhe detalhes da sua vida na paróquia; o pontífice, por sua vez, brincou com o mau tempo, e disse que um cristão deve ser “avançar com coragem, nos dias bonitos e nos dias feios”.

Depois de falar com os jovens, o Papa foi ao encontro dos idosos e doentes, que abraçou, um a um, abençoando fotos e terços.

“Vós sois os braços, os braços dos mundo debaixo das cinzas: debaixo das dificuldades, debaixo das guerras estão estes braços, braços de fé, braços de esperança, braços de alegria escondida”, disse.

Já em privado, o pontífice saudou trabalhadores da Cáritas, voluntários dos bancos farmacêuticos e alimentar, bem como os pobres ajudados por estes serviços; o Papa falou ainda com dois jovens imigrantes da Gâmbia, acolhidos pelo paróquia, antes de confessar alguns fiéis.

A Missa com que habitualmente se concluem estas visitas começou meia hora antes do previsto; uma pessoa invisual proclamou a segunda leitura da celebração, que contou com alguns antigos reclusos de Rebibbia, a prisão vizinha que acolheu o Papa Francisco na Quinta-feira Santa de 2015.

Numa homilia improvisada, o pontífice sublinhou que Jesus não foi um “libertador terreno”, vencedor de batalhas.

“O caminho de Jesus é outro: Jesus vence através da humilhação, da humilhação da Cruz”, precisou.

Francisco sublinhou que, mesmo nos momentos mais duros, Cristo “nunca” deixa ninguém só.

“Avancemos, nesta Quaresma, com estas duas coisas: nas provações, recordar a alegria de Jesus, isto é, aquilo que nos espera; que Jesus está presente, sempre, com a sua glória, para dar-nos força. E durante toda a vida, ouvir Jesus, o que Jesus nos diz, no Evangelho, na liturgia, fala-nos sempre, ou no coração”, concluiu.

No final da celebração, o pároco local, padre Giuseppe Raciti, agradeceu ao Papa por ter oferecido uma casa pré-fabricada a uma família da comunidade, presente na Missa, que perdera a sua habitação num incêndio.

OC

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