«Rejoice»: Jovens falaram ao telefone com irmãs contemplativas e de clausura, agradecendo pelas orações

Encontro nacional da juventude, que aconteceu na capital portuguesa, reconstituiu ambiente da JMJ Lisboa 2023, com a Cidade da Alegria, que integrou feira das vocações, uma capela e confessionários

Marta Miranda (esq) e Margarida Fonseca
Foto: Agência ECCLESIA/LJ

Lisboa, 21 out 2024 (Ecclesia) – O encontro nacional da juventude “Rejoice” recriou, este fim de semana, em Lisboa, a Cidade da Alegria da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Lisboa 2023, que proporcionou o contacto entre jovens e irmãs contemplativas e de clausura.

Numa das várias tendas expositivas animadas por movimentos e congregações da Igreja Católica, instaladas junto ao Pavilhão de Portugal, no Parque das Nações, em Lisboa, estavam Marta Miranda e Margarida Fonseca, do setor de animação vocacional do Patriarcado de Lisboa, que explicavam aos jovens que chegavam a forma como podiam falar com as religiosas.

“Nós aqui somos o ponto de ligação com as irmãs contemplativas ou de clausura. Como as irmãs não podem fisicamente estar aqui connosco […], aquilo que fizemos foi combinar com algumas dessas irmãs, dessas comunidades e com as horas que elas pré-determinaram, nós ligamos para as irmãs e os jovens que aqui estão têm falado com elas”, afirmou Marta Miranda, em declarações à Agência Ecclesia.

A correr melhor do que pensavam, as duas relatam que muitos jovens procuraram o contacto com as irmãs, não só para as conhecer melhor, mas para lhes agradecer pelas orações.

“Elas rezam pelas famílias, pelos seminaristas, pelos doentes, rezam por nós. E, por isso, muitos desses jovens também aquilo que lhes disseram, que é uma coisa muito engraçada e muito bonita, é agradecer-lhes elas rezarem por nós e desta maneira haver esta ligação com todos estes mistérios de vida contemplativa ou de clausura”, referiu Marta Miranda.

A carmelita secular dá conta que antes da chamada, foram apresentados aos jovens os mosteiros e a congregação com que iriam falar.

Aquilo que me parece em alguns deles é que ficam surpreendidos com a facilidade de se poder falar. E isso é muito bom. Saberem que as irmãs não estão fechadas num sítio escondido. Elas não estão escondidas do mundo. Elas estão presentes no mundo de uma outra forma. E se elas não estão fisicamente connosco, nós podemos contactá-las, falar com elas, porque isto é tudo uma relação”.

Marta Miranda considera que os jovens saíram daquele espaço “encantados” e que isso é “muito bonito”.

Foto: Arlindo Homem/Patriarcado de Lisboa

“Eu acho que é transformador para todos perceber que há pessoas no mundo que dão a vida por cada um de nós e que rezam pelas nossas intenções. Ainda que seja pedir para rezar pelo teste de matemática que eu vou ter na próxima semana. Há uma irmã, há uma comunidade, porque ela vai partilhar certamente, que vai rezar por isso e provavelmente houve aqui intenções que foram partilhadas profundas nesse sentido e isso é transformador. Por isso, é bonito também”, testemunhou Margarida Fonseca.

O “Rejoice” assinalou o primeiro aniversário da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Lisboa 2023, que, segundo a jovem, provocou maior curiosidade em saber mais sobre a vida religiosa.

“Não sabemos dizer se há um aumento de vocações [após a JMJ], mas acho que conseguimos dizer que há mais curiosidade e que as pessoas tentam procurar verdadeiramente aquilo que Deus quer para cada uma delas”, disse.

Margarida Fonseca contextualiza que a Cidade da Alegria do “Rejoice” procurou ter “todas as realidades representadas”, “não há só institutos nem congregações”, mas também “mistérios da vida contemplativa”.

LJ/OC

Quanto à JMJ Lisboa 2023, Marta Miranda relata que a “todos os níveis” foi extraordinária e que causou transformação.

“Ser igreja é tudo isto, mas é tudo isto e isso é que é maravilhoso. É uma JMJ em que temos milhões de pessoas, como esta comunidade, como estas irmãs que não saíram do mosteiro e que participaram”, salienta.

Também para Margarida Fonseca esta foi uma experiência “muito bonita” que mostrou que a “Igreja continua viva”.

“Por isso, isso alegra-nos estar aqui todos juntos, poder estar juntos outra vez, pessoas de todo o país, continuar a perceber que caminhamos juntos e que Deus está connosco e que estamos vivos”, disse a jovem.

Para além da feira das vocações, a Cidade da Alegria da JMJ integrou a capela, numa tenda de oração contínua, e confessionários, em espaços onde os jovens puderam receber o sacramento da confissão.

Depois de Lisboa ter recebido cerca de  cinco mil jovens de todas as dioceses do país, será a Diocese de Lamego a acolher o próximo encontro nacional da juventude “Rejoice”.

Pastoral Juvenil: Diocese de Lamego acolhe próximo Encontro Nacional de Juventude

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