D. António Marto descreve Francisco como «um homem intelectualmente bem preparado, de espírito evangélico»
Santarém, 13 mar 2013 (Ecclesia) – O bispo de Leiria-Fátima espera poder contar com a presença do novo Papa Francisco na Cova da Iria, em 2017, para a celebração do Centenário das Aparições de Nossa Senhora.
“É a minha intenção e penso que de todos os portugueses que ele venha cá e faremos tudo para isso”, referiu D. António Marto em declarações prestadas hoje aos jornalistas, em Santarém, após a escolha do cardeal argentino D. Jorge Mario Bergoglio como sucessor de Bento XVI.
D. António Marto teve ocasião de estar com Francisco no Sínodo dos Bispos de 2005, em Roma, e recorda “um homem intelectualmente bem preparado, de espírito evangélico e de uma simplicidade encantadora, um pastor muito amado pelo povo”.
Além disso, acrescenta o prelado, “o nome que o cardeal Bergoglio escolheu para si encerra um programa de reforma espiritual para a Igreja, tal como São Francisco de Assis a sonhara, baseada na simplicidade, na transparência, na fraternidade e da evangelização de proximidade”.
Se os católicos pensarem também em São Francisco Xavier, entram na “dimensão missionária do novo mundo”, uma realidade que se abre também para a Igreja com a eleição de um Papa da América do Sul.
“A Igreja manifesta assim muito na prática que não é eurocêntrica e mesmo a própria Europa é chamada a reconhecer que o eixo do mundo se estende para outros continentes”, aponta o bispo de Leiria-Fátima.
Uma Papa saído de um território em vias de desenvolvimento “traz consigo também toda problemática da justiça social, da pobreza” acrescenta o prelado, mostrando-se convicto de que Francisco será uma mais-valia para a aplicação da Doutrina Social da Igreja.
O sucessor de Joseph Ratzinger, que renunciou ao pontificado, foi eleito no quinto escrutínio da reunião eleitoral iniciada esta terça-feira, após pouco mais de 24 horas de votações à porta fechada.
JCP