Porto: Diocese vive «dias intensos de tudo» com os símbolos da Jornada Mundial da Juventude (c/fotos)

Marta Esteves recorda testemunhos, partilhas e vivências dos primeiros dias de peregrinação diocesana

Foto João Lopes Cardoso/Diocese do Porto

Porto, 10 out 2022 (Ecclesia) – Marta Esteves, do Comité Organizador Diocesano (COD) do Porto para a Jornada Mundial da Juventude, disse que têm vivido “dias intensos de tudo” com os dois símbolos da JMJ, num “balanço muito, muito positivo” da primeira semana de peregrinação.

“Uma palavra que definimos muito é ‘intenso’. Têm sido dias intensos de tudo: De tempo, de horas em pé, de celebrações, de pessoas, de jovens”, disse hoje Marta Esteves em declarações à Agência ECCLESIA.

A Diocese do Porto recebeu a cruz peregrina e o ícone mariano “Salus Populi Romani” da JMJ, no dia 1 de outubro, e, no final da primeira semana, “o balanço é muito positivo”, lembrando que tiveram “momentos muito bonitos, muito marcantes” nas Vigararias de Gaia, de Espinho-Ovar e na cidade do Porto.

“Desde uma senhora invisual que ao tocar na cruz disse ‘eu não vejo mas sinto o que ela me traz, a alegria, a paz, e a energia de tanta gente que já tocou e rezou junto à cruz’. Ou o testemunho de outra senhora que, descobriu há pouco tempo que tem um cancro, desabou a chorar em frente à cruz, na Vigaria de Gaia”, exemplificou Marta Esteves.

Este domingo, os dois símbolos peregrinaram para o sul da Diocese do Porto, nomeadamente para a Vigararia de Oliveira de Azeméis, e foram acolhidos no Santuário de Nossa Senhora de La Salette.

Segundo o bispo do Porto, a presença dos símbolos tem a missão de “preparar os corações para a adesão à JMJ 2023”, informa o jornal diocesano ‘Voz Portucalense’.

“Esta é a altura de semear”, disse D. Manuel Linda, incentivando ao “acolhimento dos jovens” nos ‘Dias nas Dioceses’, de 26 a 31 de julho de 2023, na semana anterior ao encontro mundial em Lisboa.

A entrevistada, da equipa do Comité Organizador Diocesano do Porto, acrescenta que esperam que a cruz e o ícone mariano cumpram o objetivo que “para já têm cumprindo e tem ultrapassado todas as expetativas”.

“Parece que arrastam uma força de esperança, de serenidade, mas também um entusiasmo, primeiro para a Jornada Mundial da Juventude. Queremos muito que os símbolos sejam também a grande porta aberta para esta questão das famílias de acolhimento. Teremos que abrir as inscrições em breve e achamos que esta passagem dos símbolos pode ser um ‘escancarar as portas’, e têm servido para alertar as pessoas para um grande acontecimento e que têm de estar todos preparados para ele”, desenvolveu.

Foto João Lopes Cardoso/ Diocese do Porto

Durante este sábado e domingo, dias 8 e 9 de outubro, os dois símbolos participaram em orações, celebrações da Eucaristia, encontros com os escuteiros, os seminaristas, as pessoas em situação de sem-abrigo, e numa Via-Sacra à noite pelas ruas do centro do Porto, que “tem um impacto muito forte”.

“Foi um mar de gente, havia pessoas do centro da cidade e não só: Jovens e alguns grupos de jovens da Maia, de Valongo, de Matosinhos, aderiram à Via-Sacra. E foi muito bonito, à medida que a Via Sacra avançava pelas ruas as pessoas que estavam a passear, estava uma noite bastante bonita no Porto, foram-se juntando e muitos turistas perguntaram o que era”, recordou.

Os jovens fizeram também festa e tiveram uma celebração da Palavra com pessoas em situação de sem-abrigo, presidida por D. Armando Esteves Domingues, com o apoio dos voluntários do projeto ‘Porta Solidária’, da Paróquia da Senhora da Conceição no Marquês, que no final distribuíram a refeição diária quente.

Marta Esteves lembra que fizeram uma “pequena celebração da Palavra, simples, bonita”, e a mensagem do bispo-auxiliar do Porto para as pessoas em situação de sem-abrigo também “é a que se deve passar aos jovens e a todo o povo de Deus”.

“Jesus não veio à terra para elites, veio para todos. Se a diocese vive um momento especial, vamos torná-lo para todos”, recordando, adiantando que estes convidados especiais aderiram, mesmo com algumas opiniões contrárias, afinal “há sempre aquele mais rebelde que diz, ‘agora tenho de vir à oração’”.

CB/PR

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