D. Manuel Linda afirmou que os falecidos responsáveis católicos souberam «construir pontes e não muros»
Porto, 17 abr 2023 (Ecclesia) – O bispo do Porto evocou as figuras de D. António Francisco dos Santos e D. Manuel Martins como “bispos do coração”, na inauguração da escultura que homenageia os dois responsáveis católicos, iniciativa da Misericórdia local, este sábado, no Largo da Paz.
“Souberam estar com todos”, afirmou D. Manuel Linda, realçando que ganharam um “lugar especialíssimo no coração dos crentes”.
A inauguração da obra ‘Encontro dos Bispos’ contou com a presença de autoridades civis, militares, entre outros convidados, informa o jornal diocesano ‘Voz Portucalense’.
O bispo do Porto, que benzeu o novo monumento, afirmou que esta é a “cidade do coração” e também D. António Francisco dos Santos (1948-2017), bispo da Diocese do Porto, entre 2014 e 2017, e de D. Manuel Martins (1927-2017), primeiro bispo da Diocese de Setúbal, nascido em Matosinhos.
“Sofreram sozinhos para que os outros não sofressem”, salientou também D. Manuel Linda, destacando que souberam “construir pontes e não muros” e assumiram a “cordialidade como marca” nas suas vidas, lê-se no jornal diocesano.
Numa nota enviada à Agência ECCLESIA, a Santa Casa da Misericórdia do Porto precisa que homenageou os bispos D. António Francisco dos Santos e D. Manuel Martins com a escultura ‘Encontro dos Bispos’, da autoria de José Maia.
A obra foi inaugurada no Largo da Paz, nas imediações do centro corporativo da Misericórdia portuense, na freguesia de Cedofeita.
“Acho que é um encontro feliz porque é um encontro de vontades: Vontades de dois homens que vieram de trajetos completamente diferentes e que nunca deixaram de estar próximos das pessoas”, disse o provedor, António Tavares, este sábado, aos jornalistas, no contexto da inauguração e bênção da estátua.
A Misericórdia do Porto salientou que oferece à cidade “uma peça única” que representa duas personalidades marcantes, “nomeadamente pela sua ação junto dos mais vulneráveis”.
“D. António Francisco esteve pouco aqui, mas a sua presença foi tão impactante, o seu magistério foi tão impactante que eu acho que ninguém no Porto se esquece do papel deste bispo: A atitude de proximidade, uma cultura de solidariedade, uma cultura que se transformava em afeto”, acrescentou o provedor aos jornalistas.
A escultura ‘Encontro dos Bispos’, segundo o autor, representa a “cordialidade entre dois amigos que se cumprimentam de forma afável, transmitindo sentimento de concórdia e paz”, sendo exemplos da “dignidade e verticalidade humana”.
Este sábado, em declarações aos jornalistas, transmitidas pelo Porto Canal, José Maia afirmou que se sentia “privilegiado pela escolha, pela confiança” e também, e acima de tudo, pelas pessoas que lhe foram confiadas “transportar para o futuro”.
CB/OC