Porto: Bispo presidiu à ordenação de cinco diáconos e pediu que «disponibilidade para os outros seja a mais elevada possível» (c/fotos)

D. Manuel Linda destaca missão de servir a Igreja e o mundo»

Foto: Diocese do Porto/João Lopes Cardoso

Porto, 23 nov 2020 (Ecclesia) – O bispo do Porto presidiu este domingo à ordenação de cinco diáconos, sublinhando que recebem este ministério “para servir a Igreja e o mundo” e “não para promoção pessoal ou familiar”,

“Aqui se jogará o timbre de pertença ao ministério: na capacidade de reservar pouco para vós para que a disponibilidade para os outros seja a mais elevada possível”, explicou D. Manuel Linda na homilia enviada à Agência ECCLESIA.

Na Missa a que presidiu na igreja de São Lourenço (Grilos), o responsável católico pediu aos novos ministros que tenham como referência na “vida de diáconos e, futuramente, de presbíteros” que eram “diáconos para servir a Igreja e o mundo” e “não para promoção pessoal ou familiar”.

“Estamos numa encruzilhada da história da Igreja. Notamos que ainda há quem reserve muito ou tudo para si. Tristemente. Entretanto, o ‘sensus fidei’ da comunidade dos crentes sabe bem que isso não é evangélico, não copia a forma de atuação de Jesus, não é típico do Reino de Deus”, desenvolveu.

Neste contexto, o bispo do Porto assinalou que a comunidade dos crentes sabe também que “a via da renovação, do serviço, do bom pastoreio, do ser capaz de levar aos ombros a ovelha doente, é a única para a qual o Espírito impele na hora presente”, acrescentando que para tempos novos, “critérios novos de compreensão do ministério”.

“Sede fiéis ao Espírito. Sede discípulos de Cristo. Sede bons pastores”, pediu D. Manuel Linda aos quatro diáconos – Edgar Leite; Leonel Rocha; Luís Gonçalves e Luís Lencastre – do Seminário Maior do Porto, e a Marcos de Sousa e Silva, do Seminário Redemptoris Mater que ordenou, este domingo, na Solenidade de Cristo Rei, que encerrou o ano litúrgico.

O bispo do Porto declarou que Jesus implantou o Reino de Deus “oferecendo-se no altar da cruz, como vítima de reconciliação, [para que aí se] consumasse o mistério da redenção humana”, o ponto de chegada de toda uma vida que “não se limitou a pregar boas ações”, mas, na realidade, “deu de comer, deu de beber, acolheu, vestiu, curou, visitou, libertou”.

D. Manuel Linda indicou que o “amor do Senhor é para sempre e para com todos”, também à Diocese do Porto com a ordenação de diáconos, “um sublime presente muito superior ao ouro e à prata”.

“É uma dádiva de amor para ser aceite no amor e vivida com muito amor. É uma dádiva de um coração bondoso para esta Diocese do coração”, acrescentou.

Na sua homilia, o bispo do Porto explicou aos ordinandos que no “sacramento da Ordem, a partir de agora”, estavam configurados “muito mais Àquele que veio para servir e não para ser servido”.

CB/OC

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