Peniche: EMRC «valoriza a parte humana e espiritual» dos alunos através do voluntariado

Professora Ana Cristina Marques e alunos destacam atividades de ajuda ao próximo e realização

Peniche, 11 fev 2019 (Ecclesia) – A disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC) na Escola Secundária de Peniche organizou um “voluntariado de fim de ano” no Centro de Apoio a Deficientes Profundos de Fátima.

“Pretende-se que os alunos sejam homens e mulheres que marquem a diferença e se não proporcionarmos atividades que possam fazer isso a escola fica muito pobre. Não podemos valorizar só a parte académica, também temos que valorizar a parte humana e espiritual”, disse hoje a professora Ana Cristina Marques à Agência ECCLESIA.

A docente explica que há uma série de iniciativas “que os alunos promovem, que é motivada nas aulas”, e depois vão ao encontro das pessoas onde encontram “Jesus Cristo no encontro com as pessoas”.

“No exterior vemos a vida de outra forma e encontramos os verdadeiros problemas. Às vezes, temos de sair um bocadinho do contexto escolar para percebermos onde podemos ajudar e atuar”, assinalou, por sua vez, o estudante Bernardo Chagas.

“Fazemos várias atividades que conseguimos ajudar o próximo, saímos destas atividades muito realizados”, acrescentou Melissa Couto, afirmando que a disciplina não “é uma seca”.

A disciplina de EMRC, na Escola Secundária de Peniche, dinamiza uma campanha de solidariedade pelo Natal “há 42 anos” e também leva os alunos ao encontro de outras realidades, como aconteceu com Bernardo Chagas e a sua turma esta quarta-feira.

“Fomos visitar a CERCI de Peniche. Foi viver toda uma experiência diferente da que vivemos no dia-a-dia, metermo-nos num lado menos favorável da vida”, destacou o aluno do 10.º ano

A professora Ana Cristina Marques contextualiza que outras turmas da escola dinamizaram a mesma campanha, mas para outras organizações, como uma casa de acolhimento de crianças em risco, para famílias carenciadas, o lar de Santa Maria, para o centro educacional Irmã Valdelícia na Guiné-Bissau e para o Centro João Paulo II.

Entre 26 de dezembro de 2018 e 1 de janeiro, um grupo de 15 alunos e antigos alunos esteve para “servir e amar” no Centro de Apoio a Deficientes Profundos João Paulo II, em Fátima.

“Conseguimos ver outra realidade, ajudar não só utentes mas também as funcionárias e formar um grupo que no final conseguimos ser uma família”, recorda Melissa Couto, que pertence ao Grupo de voluntariado ‘Missão Servir’.

Para a aluna do 11.º ano da Escola Secundária de Peniche, a partir do momento que entraram no Centro João Paulo II tudo foi “completamente diferente”, conseguindo “entrar no novo ano mais felizes e com o coração cheio”.

Ana Cristina Marques destaca ainda que, semanalmente, os alunos visitam idosos, o lar de Santa Maria e a instituição de crianças em risco ‘Aconchego’; na escola também promovem a inclusão no apoio aos alunos de educação especial, entre outras atividades, tudo “coordenado com o tempo livre dos alunos”.

De 11 a 14 de abril, a disciplina sai outra da sala de aula para a 34.ª peregrinação a Fátima a pé; a partir de 30 de julho, quatro alunos vão um mês para a Guiné-Bissau, num protocolo com a Sol Sem Fronteiras.

Com 18 turmas, a professora Ana Cristina Marques é atualmente a única docente da disciplina de EMRC na Secundária de Peniche e contabiliza que “mais de metade da escola tem a disciplina”.

“Alguns inscreveram-se até ao final do primeiro período, mais 15 alunos, pela forma como foram contagiados pelos colegas”, salienta.

Bernardo Chagas que chegou à escola e à disciplina este ano revela que achou que era uma forma de “poder ajudar os outros” e aprender “a lidar com as experiências da vida”, criando também “espírito de equipa”.

CB/OC

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