Património: Livro propõe novo olhar sobre percurso de peregrinação até à Cova da Iria (c/vídeo)

Inês Santos e Rosa Neto escreveram «Mãe Igreja na Serra de Aire – Uma descoberta de Alcanena a Fátima»

Fátima, 09 ago 2022 (Ecclesia) – As histórias e tradições dos locais que os peregrinos encontram, quando caminham para a Cova da Iria, inspiraram o livro ‘A Mãe Igreja na Serra de Aire – Uma descoberta de Alcanena a Fátima’, de Inês Santos e Rosa Neto.

As duas catequistas do Covão do Coelho, a 15 quilómetros de Fátima, explicam à Agência ECCLESIA que a obra nasceu no contexto da Catequese, em tempo de confinamento, pela necessidade de oferecer aos adolescentes um projeto, que “envolvessem a sua comunidade”.

“Uma vez surgiram peregrinos, na igreja, e perguntaram se não havia um folheto”, relata Inês Santos.

Como não havia documentação disponível, o grupo de adolescentes lançou mãos à obra para a elaboração de um roteiro, em português e inglês, de Alcanena a Fátima.

O passo seguinte foi desafiar os catequizandos a apresentar as padroeiras da sua terra, numa pesquisa que se foi aperfeiçoando, com a ajuda da tradição oral.

Rosa Neto começou a trabalhar, por seu lado, sobre a vida dos santos que tiveram o nome dos meninos e meninas dos grupos.

“Seria uma pena que essa informação, essa pesquisa, não fosse mais bem aproveitada”, refere, em entrevista emitida hoje no Programa ECCLESIA (RTP2).

A catequista considera “natural” que tenha surgido a ideia de publicar um livro, a partir do conhecimento dos locais, que foram visitados pessoalmente pelas autoras, para complementar a informação histórica.

Inês Santos destaca que, na conversa com as pessoas mais velhas, “foram sempre surgindo coisas novas”, lendas e tradições.

Já Rosa Neto realça os encontros com os peregrinos que seguem para Fátima ou Santiago de Compostela, sobre a história das várias denominações de Nossa Senhora, entre outras questões.

“A religiosidade aqui é muito forte”, aponta.

A Serra d’Aire promove um encontro particular com a natureza e o divino, sublinham as autoras, para quem é impossível percorrer o local sem levar em consideração “o património religioso”.

Como sugestões, entre outras, deixam uma passagem pela Igreja de Minde, a Capela de São Sebastião, a Igreja de Covão do Coelho, a Igreja do Vale Alto e a Capela de Boleiros.

A obra foi apresentada a 23 de julho, em Minde, e a 7 de agosto, em Covão do Coelho.

PR/OC

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