Papa: «Não nos podemos resignar perante o demónio da guerra nem da loucura do terrorismo»

Francisco deixou este apelo aos participantes de um encontro inter-religioso de oração pela paz em Bolonha

Cidade do Vaticano, 15 out 2018 (Ecclesia) – O Papa falou este domingo aos participantes de um encontro inter-religioso de Oração pela Paz em Bolonha (Itália), organizado pela arquidiocese local e pela Comunidade de Santo Egídio, pedindo-lhes que trabalhem juntos pela paz no mundo.

Num texto enviado ao arcebispo de Bolonha, e publicado pelo portal Vatican News, Francisco sublinha que as comunidade religiosas “não se podem resignar perante o demónio da guerra ou da loucura do terrorismo”, nem da “força enganosa das armas, que devoram vidas”.

Depois de recordar que o preço da “crueldade” dos conflitos é quase sempre pago “especialmente pelos mais pobres e fracos”, o Papa argentino faz votos de que “a indiferença” não “se apodere dos homens”, mas que todos unam esforços na construção de um futuro feito de uma sã “convivência” entre os povos.

“No mundo globalizado, onde infelizmente parece sempre mais fácil cavar distâncias e esconder os próprios interesses, somos chamados ao compromisso comum de unir pessoas e povos”, apontou.   

A jornada de oração pela paz em Bolonha, realizada com a participação de diversos representantes das Igrejas e comunidades cristãs, e também das grandes religiões mundiais, segue o modelo iniciado há 32 anos, na cidade italiana de Assis.

Um ponto destacado pelo Papa, que salientou que “estes encontros têm permanecido ao longo dos anos como uma linha vermelha a marcar a contínua necessidade das comunidades religiosas implorarem juntas, e de forma persistente, o dom da paz” no mundo.

“ Nós não podemos subtrair-nos de nossa responsabilidade de crentes, chamados, ainda com mais razão nesta aldeia global que é o mundo de hoje, a ter a peito o bem de todos e a não nos contentarmos apenas com estarmos em paz”, frisou Francisco, que disse mesmo que se as religiões “não perseguirem caminhos de paz negam-se a si mesmas”.

“As religiões devem construir pontes, em nome daquele que não se cansa de unir o Céu e a Terra. Daí que as nossas diferenças não devam colocar-nos uns contra os outros: o coração daqueles que realmente acreditam desafia, sempre e em toda parte, a abrir caminhos de comunhão”, completou.

JCP

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