Padre António Vaz Pinto: «Uma vida que aconteceu a partir de Deus», afirmou D. Manuel Clemente

Cardeal-patriarca presidiu à Missa exequial do sacerdote jesuíta e destacou as suas «imensas qualidades»

Foto Ricardo Perna

Lisboa, 04 jul 2022 (Ecclesia) – O cardeal-patriarca de Lisboa presidiu hoje à Missa exequial do padre António Vaz Pinto, que faleceu no dia 1 de julho, e afirmou que o seu percurso de vida se distinguiu por “imensas qualidades humanas” vividas “a partir de Deus”.

“Todas as imensas qualidades que ele transbordava não teriam a eficácia que tiveram se as não tivesse vivido a partir de Deus”, afirmou D. Manuel Clemente na homilia da Missa, na Igreja do Colégio de São João de Brito, em Lisboa.

A Missa exequial do padre António Vaz Pinto, que faleceu aos 80 anos, foi concelebrada por sacerdotes jesuítas, de outras congregações religiosas e do Patriarcado de Lisboa e por muitos leigos que participaram e continuam os projetos que o sacerdote ajudou a criar ou em atividades pastorais que orientou.

Durante a Missa, no momento da oração universal, vários leigos evocaram alguns dos projetos em que esteve envolvido, nomeadamente na fundação, como o Banco Alimentar Contra a Fome, os Leigos para o Desenvolvimento, os centros universitários dos jesuítas, o Alto Comissariado para as Migrações.

O cardeal-patriarca de Lisboa afirmou que as obras em que esteve envolvido deram ao padre António Vaz Pinto uma “projeção imensa”, fruto da sua “capacidade de viver e conviver”, de “compreender as coisas”, de “estar em todo o lado com uma atitude pró-ativa” e de outras qualidades humanas que foram “vividas a partir de Deus, não da sua vontade”.

Para D. Manuel Clemente, o padre António Vaz Pinto viveu “uma vida descentrada de si e porque concentrada em Deus e a partir de Deus aconteceu”.

O sacerdote jesuíta António Vaz Pinto faleceu no dia 1 de julho aos 80 anos de idade, na sequência de doença prolongada, tendo-se destacado por diferentes missões pastorais e sociais, nomeadamente a coordenação do Alto Comissário para as Migrações e Minorias Étnicas e a criação dos ‘Leigos para o Desenvolvimento’ e do Banco Alimentar Contra a Fome.

Nascido em Lisboa, a 2 de junho de 1942, António Vaz Pinto entrou para a Companhia de Jesus em 1965; foi ordenado padre em 1974, “tendo dedicado grande parte da sua vida à formação cristã e espiritual dos universitários e ao acompanhamento de vários grupos”.

Entre 1998 e 2005 foi assistente nacional da Comunidade de Vida Cristã (CVX) e, em 2008, foi nomeado diretor da Revista ‘Brotéria’; trabalhou também, durante vários anos, na Rádio Renascença, onde foi assistente entre 1984 e 1997, colaborando com vários órgãos de comunicação social, incluindo a ECCLESIA.

A 30 de janeiro de 2006 foi distinguido pelo presidente da República, Jorge Sampaio, com o grau de Grande Oficial da Ordem do Infante D. Henrique.

O sacerdote jesuíta faleceu, no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, onde estava internado desde o dia 8 de junho, na sequência de um tumor pulmonar.

Após a Missa exequial, o corpo do padre António Vaz Pinto foi a sepultar no Cemitério do Lumiar, em Lisboa.

PR

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