ONU: Papa pede que cimeira humanitária de Istambul responda a «situações dramáticas»

Santa Sé vai participar na primeira iniciativa do género

Cidade do Vaticano, 22 mai 2016 (Ecclesia) – O Papa Francisco associou-se hoje à primeira Cimeira Humanitária Mundial promovida pela ONU, que vai decorrer em Istambul entre segunda e terça-feira, recordando as “dramáticas situações humanas” que exigem respostas.

“Amanhã (segunda-feira) vai começar em Istambul, na Turquia, a primeira Cimeira Humanitária Mundial, destinada a refletir sobre as medidas a adotar para ir ao encontro das dramáticas situações humanas causadas por conflitos, problemas ambientais e pobreza extrema”, referiu, desde a janela do apartamento pontifício, no Vaticano.

Perante milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro para a recitação do ângelus, Francisco convidou à rezar pelos participantes no encontro de Istambul, “para que se comprometam plenamente a realizar o principal objetivo humanitário”, ou seja, “salvar a vida de cada ser humano, sem excluir ninguém, em particular os inocentes e os mais indefesos”.

O Papa recordou que a  Santa Sé vai participar neste encontro, com a presença do secretário de Estado, cardeal Pietro Parolin.

A comitiva integra ainda o observador permanente da Santa Sé junto das Nações Unidas em Nova Iorque, D. Bernardito Auza; e o antigo observador na ONU em Genebra, D. Silvano Tomasi, atualmente ao serviço do Conselho Pontifício Justiça e Paz.

Mais de 50 líderes mundiais dos quatro continentes e 5000 intervenientes vão estar presentes nesta Cimeira Humanitária Mundial, debatendo linhas de ação e compromissos concretos comuns com o objetivo de garantir a Agenda para a Humanidade 2030.

O presidente da confederação internacional da Cáritas, ‘Caritas Internationalis’, vai ser um dos oradores da em Istambul.

O cardeal Luis Antonio Tagle salienta, em comunicado divulgado pela organização católica de ação humanitária, que perante desafios como “a guerra, o extremismo, a crescente desigualdade social, as mudanças climáticas e a escassez de água”, é urgente “um sistema de ajuda que seja capaz de ir ao encontro das necessidades”.

A Cimeira Humanitária Mundial é, para este responsável, uma “oportunidade para transformar todo o sistema de ajuda” às populações, potenciando mais as “organizações locais”.

A delegação portuguesa, liderada pelo primeiro-ministro, António Costa, inclui o ex-alto comissário das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), António Guterres, bem como a secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, Teresa Ribeiro.

OC

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