Missões: Prioridade é «animar» quem se afastou da Igreja

Diretor nacional das Obras Missionárias Pontifícias aponta para necessidade de «fazer discípulos» comprometidos com Cristo

Lisboa, 20 out 2011 (Ecclesia) – O diretor nacional das Obras Missionárias Pontifícias (OMP) diz que um dos principais desafios da missão católica de hoje é “animar” todos aqueles que se afastaram da Igreja, sobretudo na Europa.

“Que o cristão um pouco mais atento e animado pelo Evangelho diga a esses que a Igreja precisa deles, isto é fundamental”, sublinha o padre António Lopes, em declarações ao Programa da Igreja Católica deste domingo, na Antena 1, dedicado ao Dia Mundial das Missões.

Ao longo de uma entrevista que poderá ser acompanhada a partir das 6h00, o sacerdote recorda que a missão faz parte da “essência” de cada cristão, incentivando os fiéis a uma renovação da Igreja que deve ser feita “não desde fora” mas a partir de “dentro”.

Numa altura em que dioceses, paróquias, movimentos religiosos, institutos missionários e leigos estão envolvidos numa esforço de “Repensar a Pastoral em Portugal”, proposto pelos bispos, o diretor das OMP aponta para a necessidade de “fazer discípulos”.

“A Igreja pôs o acento no batizar e ensinar e os discípulos vêm em último lugar”, sustenta o sacerdote, para quem “não basta passar alguns anos na catequese”.

 “É preciso esta formação permanente para que o nosso batismo esteja vinculado a Jesus Cristo”, afirma o religioso, que integra a congregação dos Missionários do Verbo Divino.

Na sua mensagem para o 85º Dia Mundial das Missões, intitulada “Assim como o Pai me enviou, também Eu vos envio a vós”, o Papa defende que a missão deve estar incluída, “de maneira constante”, na vida de “batizados e comunidades eclesiais”.

Anunciar o Evangelho “não é um bem exclusivo de quem o recebeu, mas é um dom a partilhar, uma boa notícia a comunicar”, acrescenta ainda Bento XVI.

Em pleno Ano Internacional do Voluntariado, o padre António Lopes recorda todos aqueles que estão envolvidos em projetos missionários em Portugal e no estrangeiro, que levam aos outros o “rosto do amor de Deus”.

“Penso que é por aí que temos de caminhar, é o grande anúncio da Missão, que Deus nos ama”, reforça.

As OMP têm como principal objectivo gerar nos católicos o “espírito de fraternidade universal e missionário”, “socorrem as mais diversas necessidades de ajuda material e espiritual de todos os povos” e “promovem uma eficaz colecta para o bem de todas as missões”, explica o site da instituição.

PRE/JCP

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