Francisco evoca populações deslocadas e reféns israelitas, desejando que «vislumbre de paz» chegue a Gaza
Cidade do Vaticano, 01 dez 2024 (Ecclesia) – O Papa apelou hoje ao respeito integral do cessar-fogo no Líbano, desejando que o “vilsumbre de paz” possa chegar às populações de Gaza e Israel.
“Congratulo-me com o cessar-fogo alcançado nos últimos dias no Líbano e espero que possa ser respeitado por todas as partes, permitindo assim que as pessoas da região envolvidas no conflito, tanto libanesas como israelitas, regressem em breve e em segurança a casa, também com a ajuda inestimável do exército libanês e das Forças de Manutenção da Paz das Nações Unidas”, disse, desde a janela do apartamento pontifício, após a recitação da oração do ângelus.
Francisco deixou um “apelo urgente” aos políticos libaneses para que assegurem a eleição “imediata” de um presidente da República, permitindo que as instituições retomem o seu “funcionamento normal”.
O Papa desejou que as instituições democráticas no Libano possam proceder “às reformas necessárias e assegurem ao país o exemplo de coexistência pacífica entre as diferentes religiões”.
Espero que o vislumbre de paz que se abriu conduza ao cessar-fogo em todas as outras frentes, especialmente em Gaza. Trago no coração a libertação dos israelitas que ainda são mantidos como reféns e o acesso da ajuda humanitária à exausta população palestina”.
Francisco convidou a rezar também pela Síria, “onde infelizmente a guerra recrudesceu causando muitas vítimas.
“Estou muito próximo da Igreja na Síria. Rezemos”, acrescentou.
O Papa tinha começado por evocar o 40.º aniversário do Tratado de Paz e Amizade entre a Argentina e o Chile, com a mediação da Santa Sé.
“Isto demonstra que, quando se renuncia ao uso das armas e se dialoga, estamos num bom caminho”, apontou.
A trégua de 60 dias entre Israel e o grupo xiita libanês Hezbollah, mediada pelos Estados Unidos e pela França, entrou em vigor na quarta-feira.
O acordo prevê que os militantes do Hezbollah se retirem para norte do rio Litani e as forças israelitas regressem ao seu lado da fronteira.
OC