Lisboa: Cardeal-patriarca pede «respeito legal e apoio ao concreto à vida mais frágil»

D. Manuel Clemente reforça a oposição à legalização da eutanásia e o aborto, ligando celebração do Corpo de Deus à defesa da vida

Foto: Patriarcado de Lisboa

Lisboa, 16 jun 2022 (Ecclesia) – O cardeal-patriarca de Lisboa pediu hoje “respeito legal e apoio ao concreto à vida mais frágil”, uma semana depois de nova aprovação da legalização da eutanásia pelo Parlamento português.

“Juntando de novo a nossa voz à de tantas pessoas e instituições da sociedade civil e diversos credos, que requerem respeito legal e apoio ao concreto à vida mais frágil, só podemos e devemos rejeitar o aborto e a eutanásia e tudo quanto a tal possa levar por falta de resposta solidária e pública a quem precisar de apoio e companhia”, referiu D. Manuel Clemente, na homilia da Missa da solenidade do Corpo de Deus, a que presidiu na Sé de Lisboa.

O responsável católico sublinhou que a vida, “saudável ou mais carente de cuidados” é “inviolável, sempre”.

“Correspondendo na prática ao que proclamamos, compreendemos também que celebrar a solenidade de hoje é levá-la à consequência necessária em tudo quanto cada pessoa nos requer, da vida à saúde, do pão à morada, do trabalho ao descanso”, declarou.

Áudio: RR

O patriarca de Lisboa falou do corpo como “polo de relação com os outros”, com toda a dignidade pessoal de cada um, “da conceção à morte natural”,

Ninguém desistirá de viver se nós todos, pessoal e comunitariamente, não desistirmos de quem sofre”.

A homilia destacou a importância do “realismo cristão”, saudando os “heróis da caridade” ao longo dos séculos

“Celebremos, adoremos e sirvamos o Corpo de Deus na constante procissão da vida de cada um”, concluiu D. Manuel Clemente.

Ainda hoje, após dois anos de suspensão por causa da pandemia, as ruas de Lisboa acolhem a procissão do Corpo de Deus, a partir das 17h00.

OC

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