Lisboa 2023: Jornada da Juventude deixou uma bolsa de voluntariado para Portugal e para o mundo (c/vídeo)

«Tem de fazer eco no coração de cada um, para depois percebermos o que se vai fazer» – Margarida Manaia

Foto Duarte Mourão Nunes / JMJ Lisboa 2023

Lisboa, 06 set 2023 (Ecclesia) – A coordenadora da Direção de Acolhimento e Voluntariado (DAV) da Jornada Mundial da Juventude JMJ Lisboa 2023 destacou o “desafio” e a “riqueza enorme” que é a bolsa de voluntariado deste encontro para Portugal e para o mundo.

“É um desafio enorme para as paróquias, os movimentos, para a Igreja em Portugal, como é que vai guardar esta generosidade toda e como é que a vai fazer multiplicar”, disse Margarida Manaia, no Programa ECCLESIA, transmitido esta terça-feira, na RTP2.

A diretora de Acolhimento e Voluntariado da JMJ Lisboa 2023 recorda que foram 15 mil voluntários paroquiais, “uma riqueza enorme” que existe nas paróquias de Lisboa, de Santarém e de Setúbal, as dioceses de acolhimento da primeira edição internacional da Jornada Mundial da Juventude em Portugal, para além dos voluntários centrais, que chegaram “de todo o mundo, de outras dioceses de Portugal, e movimentos e de imensas empresas”.

“É ainda uma caixa por abrir e por descobrir, acho que é claramente um legado enorme, são mais de 25 mil pessoas que disseram que sim e estiveram disponíveis para os mais diferentes serviços, durante a noite, o dia, a qualquer momento, ao sol, muito escondidos, também que não aproveitaram a Jornada como um peregrino, que foi a todos os eventos”, desenvolveu.

A coordenadora do DAV destacou também o “sim” dos voluntários, “como o ‘sim’ de Nossa Senhora, que muda tudo”, na resposta a um telefonema que pedia para irem para outro local: “Que vão a meio da noite para outro serviço, que faz com que resolva um problema que está a surgir numa área qualquer”.

Margarida Manaia sublinha que considera esta bolsa de voluntariados “uma riqueza enorme”, e assinala que o Papa Francisco falou disso no encontro com os voluntários, depois da JMJ, antes de regressar ao Vaticano, no Passeio Marítimo de Algés.

“Acho que tem de fazer eco no coração de cada um, para depois percebermos o que se vai fazer com isto”, salientou.

A entrevistada destacou da expressão “surfar a onda” que é estarem “abertos ao imprevisto”, a primeira coisa, um “coração generoso que está aberto a coisas grandes que são aquelas que vierem”.

“A Jornada é mesmo um imprevisto e todos os dias, a todas as horas, tínhamos solicitações de um ou mais voluntários, para áreas onde apareciam mais peregrinos do que aquilo que se estava à espera, ou o contrário, havia áreas que precisam de menos e tínhamos de os realocar”, desenvolveu a diretora da Direção de Acolhimento e Voluntariado no Comité Organizador Local (COL) da JMJ Lisboa 2023.

No Programa ECCLESIA, transmitido esta terça-feira, na RTP2, a voluntária Beatriz Soares também recordou o momento em que recebeu do Papa Francisco a cruz – logotipo da JMJ Lisboa 2023 -, com cinco jovens representantes dos cinco continentes, na Missa de Envio, no dia 6 de agosto, no Parque Tejo.

“Após a comunhão, um padre aproximou-se e disse ‘Beatriz corre’, e ao longo do caminho foi explicando, e as minhas pernas começaram a tremer; Quando fui chegando perto do Papa foi gerando dentro de mim uma grande emoção. Acho que esqueci de tudo e de todos, só vi o Papa e aquele olhar, aquela entrega daquela cruz foi um gesto único para mim de receber da Igreja uma cruz missionária e que Deus em chama a testemunhar o que colhi nesta JMJ”, recordou a jovem voluntária da Comunidade Shalom.

A primeira edição internacional da JMJ em território português decorreu de 1 a 6 de agosto, em Lisboa, com mais de 1,5 milhões de participantes nas celebrações conclusivas, presididas pelo Papa no Parque Tejo.

Até hoje houve 16 edições internacionais da JMJ, em quatro continentes, desde 1986, que decorrem de forma alternada com celebrações anuais em cada diocese católica; a cidade de Seul, capital da Coreia do Sul, vai receber a próxima JMJ, em 2027.

PR/CB

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