Lisboa 2023: Comunidade lusófona no sul do Luxemburgo foi «pioneira» no apelo à participação na JMJ

Grupo intercultural junta jovens de Portugal, Cabo-Verde, Zâmbia, França, Moçambique e Polónia

Esch-sur-Alzette, Luxemburgo, 15 jun 2023 (Ecclesia) – O padre Marcos Fuentes, dos Missionários de São Carlos Borromeu (Scalabrinianos), disse que a comunidade lusófona, no sul do Luxemburgo, foi “pioneira no apelo aos jovens” para participarem na Jornada Mundial da Juventude 2023, em Lisboa.

“A Jornada Mundial da Juventude em Lisboa apresentou-se, desde o início, como uma oportunidade única para reavivar, após o difícil e dispersivo tempo da pandemia [Covid-19], o reencontro entre jovens, criar amizade, favorecer partilhas, fomentar o conhecimento recíproco e a alegria de acreditar”, explica o sacerdote mexicano, numa nota enviada à Agência ECCLESIA.

Segundo o padre Marcos Fuentes, o “sonho” de participar na próxima edição internacional da Jornada Mundial da Juventude despertou “grande espectativa e motivação acrescida nos jovens”, especialmente naqueles que ainda não estavam inseridos num grupo.

O “apelo” para os jovens participarem na JMJ Lisboa 2023 foi lançado “há sensivelmente um ano”, nas Eucaristias, e surgiu um “pequeno grupo” de estudantes e trabalhadores da Comunidade lusófona do Sul, com sede em Esch-sur-Alzette.

O missionário Scalabriniano acrescenta que formaram um grupo marcado pela interculturalidade, com jovens de Portugal, Cabo-Verde, Zâmbia, França, Moçambique, Polónia, e que foi “pioneiro” na Arquidiocese do Luxemburgo; têm realizado encontros regulares de formação, oração, convívio e informação, “à medida que a arquidiocese se ia organizando para a mobilização geral da JMJ”, e, neste contexto, participaram também em encontros com os jovens luxemburgueses e oriundos de outras comunidades linguísticas do norte e do centro do Grão-Ducado.

A preparação deste grupo, para participarem nos ‘Dias nas Dioceses’, de 26 a 31 de junho, e na Jornada Mundial da Juventude, de 1 a 6 de agosto, na capital portuguesa, também tem sido acompanhada por momentos de partilha de diversos temas, que foram “escolhidos e preparados pelos jovens animadores do grupo”, e momentos espirituais, de oração, como a recitação do terço JMJ, tempos de adoração, participação na Eucaristia dominical, peregrinações.

O padre Marcos Fuentes assinala ainda que os jovens organizaram várias iniciativas para “angariar fundos para as despesas da viagem”, como a venda de bolos no final das Eucaristias, nas cinco comunidades do sul, de terços da JMJ, “almoços apoiados pela comunidade e serviço em eventos diocesanos ligados ao Sínodo dos Bispos.

É sempre muito motivador ver os jovens comprometerem-se, levarem a sério as suas iniciativas, e gratificante ver a alegria dos jovens em servir a comunidade. A realidade da juventude em situação de migração desperta a esperança, alegria e vida”.

Este grupo de peregrinos da Comunidade lusófona do Sul do Luxemburgo vai viajar de autocarro para Portugal, e, antes de chegar a Lisboa, tem como destino a Arquidiocese de Braga, para viver os ‘Dias nas Dioceses’, e começar “a aventura que vai deixar marcas na vida de jovens”.

“Permanecerá como uma bonita lembrança que os acompanhará para sempre e os motivará para continuar o caminho na comunidade local, como sinal de uma Igreja que se abriu aos jovens e os deixou agir segundo o seu carisma”, acrescenta o padre Marcos Fuentes.

O missionário Scalabriniano do México, a viver no Luxemburgo, recordou que o primeiro encontro foi inspirado no “partir para uma nova aventura” mas sem deixar de lado a realidade migratória que estes jovens vivem, “o estudo ou o trabalho, os diferentes projetos de vida, e a JMJ “não deveria distrair do caminho que estão a trilhar no meio de alegrias e adversidades, inerentes à situação de jovens migrantes, europeus ou não”, e surgiram “as grandes questões”, sobre o “rumo da vida”, objetivos e metas a atingir, o estarem perdidos “em terra estrangeira a caminhar sem rumo”.

CB/OC

 

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