JMJ: Patriarca de Lisboa diz que encontro de 2023 gerou maior «proximidade» com as novas gerações, elogiando compromisso social

D. Rui Valério sublinha papel da Fundação JMJ para apoiar «jovens e projetos de jovens»

Foto: Sofia Pimente/JMJ 2023

Lisboa, 22 jul 2024 (Ecclesia) – O patriarca de Lisboa afirmou que a Jornada Mundial da Juventude do último ano, gerou maior “proximidade”, com as novas gerações, elogiando compromisso social dos jovens, que quer ver apoiado pela Fundação JMJ 2023.

“Há uma memória que é necessário fazer, não tanto em relação àquilo que aconteceu, mas, sobretudo, àqueles frutos que, inesperadamente, fomos vendo emergir. Um desses frutos, naturalmente, é uma maior proximidade dos nossos jovens a Jesus Cristo”, referiu D. Rui Valério, em declarações à Agência ECCLESIA e Renascença, este domingo.

Lisboa acolheu a edição internacional da JMJ entre 1 e 6 de agosto de 2023, com mais de 1,5 milhões de participantes nas celebrações conclusivas, presididas por Francisco no Parque Tejo.

A Câmara Municipal de Lisboa assinala hoje o primeiro aniversário da chegada à cidade dos símbolos da JMJ 2023), com uma cerimónia na Praça do Município, pelas 1830.

A iniciativa vai contar com a presença do patriarca de Lisboa, D. Rui Valério, e do núncio apostólico, D. Ivo Scapolo, e inclui um momento de agradecimentos aos seis mil funcionários do município que se envolveram na preparação do encontro mundial de jovens com o Papa.

Segundo D. Rui Valério, após esta experiência, “os jovens estão a plasmar uma forma de vida cristã, recuperando a dimensão de comunhão, de intimidade, de mística, de silêncio, de estar com o Senhor”.

O patriarca de Lisboa, que sucedeu no cargo a D. Manuel Clemente, após a JMJ 2023, fala em “fluxos de disponibilidade” dos mais novos, “orientados e concretizados na missão”, num “serviço concreto às pessoas”.

D. Rui Valério recorda os muitos jovens empenhados, nestas semanas, em projetos de ação social e de voluntariado, durante as férias.

Quais foram os grandes frutos da Jornada Mundial da Juventude? Em primeiro lugar, uma intensa consciência de vida de oração. E, ao mesmo tempo, uma forte disponibilidade para servir os mais necessitados”.

Quanto ao futuro, D. Rui Valério destaca a importância da Fundação JMJ Lisboa 2023 para administrar o património gerado pelo encontro, “todo ele para os jovens, para servir os jovens e projetos de jovens”.

“Podemos aproximar-nos dos jovens, dos seus planos, dos seus projetos. Sobretudo, vai ser realizado aquele projeto-programa do Papa Francisco, quando nos interpelava a sermos empreendedores de sonhos”, acrescenta.

Os órgãos sociais da Fundação, presididos por D. Alexandre Palma, bispo auxiliar do Patriarcado, tomaram posse, este mês, para o quadriénio 2024-2028.

O patriarca de Lisboa precisa que o objetivo é apoiar projetos que sejam apresentados aos organismos, vindos de “associações, instituições, grupos, jovens singulares”, em ordem “à promoção e ao desenvolvimento da juventude”.

Questionado sobre os vários conflitos internacionais e o clima de crispação na vida política, o responsável católico destacou a reação da opinião pública, numa “clara e nítida afirmação de mudança”.

“Para mim é um sinal positivo, significa que não estamos resignados, que estamos aqui para ser aquela voz de protesto que às vezes é precisa”, assinalou.

D. Rui Valério presidiu este domingo, no Mosteiro dos Jerónimos, à ordenação episcopal dos novos auxiliares do Patriarcado de Lisboa, D. Alexandre Palma e D. Nuno Isidro.

OC

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