Igreja Católica promoveu «jornada de luto» pelas pessoas atingidas por catástrofe natural no nordeste do país
Génova, Itália, 05 jun 2012 (Ecclesia) – O presidente da Conferência Episcopal Italiana (CEI), cardeal Angelo Bagnasco, considera que os sismos que dilaceraram a região de Emília-Romanha, nas últimas semanas, devem levar a comunidade local a um esforço redobrado de solidariedade.
“Neste momento, ninguém se pode valer a si mesmo, todos precisamos uns dos outros”, sublinha o prelado, que desafia as pessoas a “partilharem aquilo que têm com os mais desfavorecidos, mesmo no meio das dificuldades atuais”.
A mensagem do prelado, arcebispo de Génova, foi transmitida esta segunda-feira, durante uma celebração eucarística em memória das vítimas da catástrofe natural que se abateu sobre o nordeste de Itália.
Na madrugada de 20 de maio, um terramoto com 5.9 graus na escala de Richter atingiu as dioceses de Carpi, Mantua, Módena e Ferrara-Comacchio-Nonantola, na região de Emília-Romanha.
Nove dias depois, o mesmo território foi atingido por outro abalo, desta vez com a magnitude de 5.8.
No total, os dois sismos provocaram mais de duas dezenas de mortos, centenas de feridos e elevados danos materiais, deixando muitas pessoas desalojadas.
Durante a “jornada de luto”, promovida pelo episcopado italiano, D. Angelo Bagnasco estendeu a “oração” da Igreja Católica a “todas” as pessoas atingidas, “com amizade e generosidade”.
“Além das habitações, esta catástrofe afetou também muitas igrejas, que faziam parte da identidade das comunidades e eram uma referência de fé e tradição”, apontou.
Os bispos italianos já reuniram cerca de um milhão de euros a favor das vítimas dos terramotos, que irão servir também para ajudar a reconstruir as localidades mais afetadas.
Aqueles responsáveis determinaram ainda a realização de um peditório nacional, durante as missas do próximo domingo, cujo resultado será depois entregue à Cáritas Italiana, que está no terreno com um centro de apoio.
Segundo o presidente da CEI, os sismos – que ainda se continuam a fazer sentir – vieram abalar ainda mais a situação financeira do país, já muito depauperada na sequência da crise que se está a verificar um pouco por toda a Europa.
No entanto, o arcebispo de Génova mostrou-se convicto de que “apesar de marcada, a economia italiana não irá certamente ser dobrada”.
Durante o 7º Encontro Mundial de Famílias, que decorreu em Milão, entre 30 de maio e 3 de junho, Bento XVI deixou a sua solidariedade às famílias atingidas pelos terramotos.
O Papa anunciou ainda a oferta de 500 mil euros em favor das populações mais carenciadas do nordeste italiano.
JCP