D. António Luciano presidiu à Missa na Sé, identificando Maria como «uma mulher simples e humilde, que acredita no Senhor e reza ao seu Deus»
Viseu, 09 dez 2024 (Ecclesia) – O bispo de Viseu pediu este domingo que se imite as virtudes de Nossa Senhora, na Missa da solenidade da Imaculada Conceição a que presidiu, na Sé diocesana.
“Peço na oração para crescermos na caridade e tornemos puros diante de Deus imitando as virtudes de Nossa Senhora. Rezemos à nossa Padroeira pelas crianças, adolescentes, jovens, casais, famílias, idosos e doentes. Pelas necessidades do mundo e da Igreja e para que escute as nossas preces pela paz e concórdia entre todos os povos e nações”, pediu D. António Luciano.
Na homilia enviada à Agência Ecclesia, o bispo diocesano referiu que Maria “é a Aurora de um mundo novo e renovado, a esperança de um novo sonho de Deus para a humanidade”.
“A missão de Maria na Igreja em benefício da humanidade continua neste vale de lágrimas marcado por guerras, conflitos, enfermidades e desordens que continuam a pôr em risco a vida da pessoa humana sobre a terra”, destacou.
A Solenidade da Imaculada Conceição lembra, segundo o bispo diocesano, que “Deus preservou Maria de toda a mancha do pecado, para a tornar digna morada do Seu Filho Jesus”.
“A grandeza de Deus mostra-nos as maravilhas que Ele operou na Bem-aventurada Virgem Maria ao conceder-lhe o privilégio de ser isenta de pecado. Maria participa deste modo da santidade de Deus, em atenção aos méritos de Cristo, o primeiro fruto da seara”, realça.
O responsável católico afirmou que “a santidade de Deus encontra terreno fértil na vida de Maria e quando Ela diz sim a Deus e se entrega com humildade e disponibilidade total para servir o Senhor, torna-se a Virgem fiel”.
“Contemplar Maria no mistério da Sua Imaculada Conceição é também agradecer a Deus o convite feito a toda a humanidade, e hoje dirigido a cada um de nós para ser ‘peregrinos de esperança’, a caminhar com júbilo e um coração em festa para a glória da Santíssima Trindade”, mencionou.
Fazendo referência às leituras da celebração, do Livro do Génesis (Gn 3, 9-15. 20), em que a mulher diz não a Deus, e do Evangelho de Lucas (Ev Lc 1, 26-38), sobre a Anunciação do Senhor, o bispo diocesano sublinhou que em “ambas há uma coisa em comum”: “É Deus quem procura o homem”.
“Deus toma sempre a iniciativa de vir ao nosso encontro, é importante que nos deixemos encontrar com Ele neste tempo de Advento, numa experiência de fé, de amor e de libertação interior”, indicou.
Na Eucaristia, o bispo diocesano apresentou Maria como “uma mulher simples e humilde, que acredita no Senhor e reza ao seu Deus pedindo-lhe a graça para compreender o alcance da saudação do Arcanjo: ‘Salve, Cheia de Graça’”.
“A estas palavras responde: ‘Eis-me aqui’, Maria mostra estar disponível para servir o Senhor e cura de modo radical a desobediência de Eva. Toda de Deus na terra e no Céu, Maria saboreia a saudação do Anjo. ‘Eis-me aqui’ significa acreditar, abandonar-se em Deus”, salienta.
O bispo diocesano sublinha que “Maria não coloca limites ao seu sim. Maria não ama o Senhor quando lhe apetece, de modo descontínuo”.
“Vive confiando plenamente em Deus. Eis o segredo da sua vida. Tudo pode quem confia plenamente em Deus. Eis o segredo da vida”, ressalta.
A celebração da Solenidade da Imaculada Conceição aconteceu durante a Eucaristia da bênção das grávidas.
A Igreja Católica celebra, anualmente, a solenidade da Imaculada Conceição, no dia 8 de dezembro, feriado nacional em Portugal.
O dogma da Imaculada Conceição de Maria foi proclamado a 8 de dezembro de 1854, através da bula ‘Ineffabilis Deus’, a qual declara a santidade da Virgem Santa Maria desde o primeiro momento da sua existência, sendo preservada do pecado original.
LJ/OC