Organizadora da iniciativa em Aveiro defende que «faz sempre sentido reivindicar a defesa da vida»
Aveiro, 18 mar 2023 (Ecclesia) – A Caminhada pela Vida aconteceu este sábado em dez cidades portuguesas, Porto, Braga, Guarda, Viseu, Aveiro, Évora, Coimbra, Santarém e Funchal como uma “manifestação pela vida”.
A ‘Caminhada pela Vida’ é uma iniciativa “concorrida, alegre, determinada e mobilizadora” em prol da vida, afirma a organização, a Federação Portuguesa pela Vida.
A iniciativas aconteceram no Porto, Braga, Guarda, Viseu, Aveiro, Évora, Coimbra, Santarém e Funchal.
Em Aveiro a iniciativa foi organizada pela ADAV – Associação de Defesa e Apoio da Vida, que apoia mães em situação de fragilidade.
“Faz sempre sentido reivindicar a defesa da vida, é a assunção de um valor que é o valor da vida, Aveiro e todas as cidades que se unem nesta caminhada é dizer sim a vida; em Aveiro a ADAV promove a caminhada como resposta concreta dada à vida, apoiamos mães com bebés pequeninos, quando estão em situação de fragilidade, e encontram aqui um porto de abrigo”, explica a responsável Teresa Correia, em declarações à Agência ECCLESIA.
A caminhada, que percorreu algumas artérias da cidade de Aveiro, contou com padrinhos da área do desporto, do basquete e do remo aveirense.
“Temos aqui participantes de várias idades, de bebés a pessoas de 80 anos e este ano estão muitos jovens, não nos interessa nenhum aspeto político, partidário nem religioso, temos apoios da câmara e da união de freguesias, e padrinhos conceituados, desde desportista do basquete de Esgueira, que é muçulmano, a pessoas de vários quadrantes políticos e outros padrinhos que são remadores aveirenses e reconhecidos ao nível internacional”, conta a organizadora.
Da ADAV, Teresa Correia revelou que apoiam mães de “dez nacionalidades distintas”, e destaca que o principal é transmitir que a “vida é um dom inestimável, seja em que circunstância for”, por isso apresentam ajuda sob “várias hipóteses de trabalhar e orientar”.
O cardeal-patriarca de Lisboa apelou à participação “de alma e de coração” na ‘Caminhada pela Vida 2023’ e à defesa da vida “na caminhada de todos os dias”.
“Estamos realmente do lado da vida e queremos manifestar isso. Não apenas na caminhada de um dia mas na caminhada de todos os dias, na solidariedade com as situações difíceis, colaborando com tudo aquilo que proteja, promova a vida humana”, disse D. Manuel Clemente, num vídeo publicado pela Federação pela Vida (FPV).
Afirmando o “compromisso em relação à vida”, o cardeal-patriarca de Lisboa assinala que tem “os obstáculos” que se sabe na vida de muita gente, “na dificuldade em prosseguir, em problemas que se levantam”, quanto à conceção como “agora mesmo em relação à morte natural”; o Parlamento português vai reapreciar o diploma sobre eutanásia, no dia 31 de março, depois do veto e do chumbo do Tribunal Constitucional.
Este encontro teve início no âmbito das campanhas para os referendos sobre o aborto de 1998 e 2007, e, depois, foi retomado de forma anual em 2012, procurando alertar para a importância da defesa da vida, desde a conceção até à morte natural.
Da ‘Caminhada pela Vida’ nasceu a Iniciativa Europeia ‘One of Us’, a Iniciativa Legislativa de Cidadão ‘Pelo Direito a Nascer’ e a petição ‘Toda a Vida tem Dignidade’.
A Federação Portuguesa pela Vida recebeu em 2021 o Prémio Dignitas Personae, pela “forma como defendem a dignidade da pessoa” numa “sociedade desagregada” e que “permite que cada um decida por si”, da Associação dos Médicos Católicos Portugueses (AMCP).
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