Igreja/Sociedade: Bispo da Guarda rejeita legalização da eutanásia

Parlamento promove audição, esta quarta-feira, para a petição «Toda a Vida tem Dignidade»

Lisboa, 18 abr 2017 (Ecclesia) – O bispo da Guarda afirmou que decisões como a legalização da eutanásia e a falta de respeito pela vida podem “pôr em causa o futuro da própria humanidade”.

“Os agentes sociais e os próprios indivíduos pretendam decidir sobre o início e o fim da vida humana, nomeadamente quando se pretende fazer leis sobre o direito de o indivíduo pedir que lhe seja interrompida a sua própria vida. E faz-se passar a mensagem de que isso é respeitar a liberdade, na medida em que se trata de dar a morte a pedido”, declarou D. Manuel Felício na homilia da Vigília Pascal na Sé da Guarda, enviada hoje à Agência ECCLESIA.

Para este responsável, em vez de se legalizar a eutanásia é necessário “averiguar as razões desse pedido”, por parte de uma pessoa doente.

“O mais fácil é dar-lhe a morte, em nome do princípio teórico da liberdade individual de escolha, mas o mais razoável e humanizante é averiguar quem ou que circunstâncias criam à sua volta o ‘inferno’ que a leva a pedir a morte e procurar desfazer quanto possível esse ‘inferno’”, sustentou.

Esta quarta-feira, pelas 17h30, a petição ‘Toda a Vida tem Dignidade’ será recebida pelo grupo de trabalho constituído no âmbito da 1ª Comissão Parlamentar, para o respetivo processamento.

Da delegação da petição farão parte Isilda Pegado (advogada e presidente da Federação Portuguesa pela Vida), Germano de Sousa (médico e um dos subscritores da Declaração dos Bastonários sobre Eutanásia, Suicídio Assistido e Distanásia), Luis Marques da Costa (diretor do Serviço de Oncologia do Hospital de Santa Maria), José Maria Seabra Duque (jurista e coordenador-geral da Caminhada pela Vida) e António Pinheiro Torres (advogado e vice-presidente da Federação Portuguesa pela Vida).

Os promotores da petição ‘Toda a Vida tem Dignidade’ querem que o Estado defenda a vida humana, “apoie” as pessoas “mais frágeis”, reforçando a rede de cuidados continuados e paliativos.

Os cerca de 14 mil signatários dirigem-se ao Parlamento português para que “rejeite as leis que atacam a vida” e, pelo contrário, que legisle no sentido de proteger e apoiar sempre a vida humana.

OC

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