Igreja/Portugal: Movimento de Adolescentes e Crianças dinamizou «campo de férias» das Dioceses de Lisboa e Santarém

«Para um bom ambiente criar… todos incluídos devemos estar!», foi o lema geral da reflexão em cada manhã

Foto: MAAC Dioceses de Lisboa e Santarém

Lisboa, 29 jul 2024 (Ecclesia) – O Movimento de Apostolado de Adolescentes e Crianças (MAAC) nas Dioceses de Lisboa e Santarém realizou o seu ‘Campo de Férias’, com 40 participantes, entre 20 e 24 de julho, na ‘Casa do Oeste’, em Ribamar da Lourinhã.

“Fizemos um papagaio de papel com várias mensagens: não deixar ninguém de parte, respeitarmos se queremos ser respeitados, não falar mal dos outros, não gozar nem criticar, para criarmos bom ambiente temos de ser bons ouvintes, não sermos vingativos, temos de ser pacificadores, falar bem dos outros e ouvir sempre Deus”, explica o MAAC, em nota enviada à Agência ECCLESIA.

O Movimento de Apostolado de Adolescentes e Crianças nas Dioceses de Lisboa e Santarém realizou o ‘Campo de Férias’ com 40 participantes, entre crianças, adolescentes, acompanhantes e voluntários, e, segundo o programa, todos os dias tiveram “orações animadas, noites culturais, tardes com oficinas” – artes, cozinha, desporto, teatro – e idas à praia, a Eucaristia final, foi presidida pelo padre Joaquim Batalha.

“Como avaliação, entre outros pontos, o termos definido um horário para o uso dos telemóveis foi bom”, assinalam destes dias de atividade na ‘Casa do Oeste’.

O MAAC é um movimento da ação católica e, durante o ‘Campo de Férias’, fizeram o método de Revisão de Vida – ‘Ver, Julgar, Agir’ – desenvolvendo cada uma dessas etapas através do jogo e de “dinâmicas divertidas”.

As manhãs de reflexão e aprofundamento partiram do lema ‘Para um bom ambiente criar … todos incluídos devemos estar!’, que foi escolhido por verificarem que “existem conflitos entre amigos, na família, na escola e na sociedade”.

“Verificámos algumas causas dos conflitos e encontrámos: a violência, os ciúmes, a imposição, a falta de valores, a falta de compreensão na família, o racismo, as relações tóxicas, a homofobia, o egoísmo, o sentir-se excluído, a falta de autocontrolo, a discriminação na escola e as faltas disciplinares”, desenvolve o MAAC das Dioceses de Lisboa e Santarém.

Neste contexto, acrescentam que a insegurança e a falta de diálogo nas relações, o medo na família, a desconfiança entre amigos conduzindo ao isolamento, ao mau aproveitamento na escola, “a tristeza, ao portarem-se mal e ficarem de castigo, à ansiedade, depressão”, são “possíveis consequências, a que podem levar estes conflitos”.

Na etapa ‘julgar’ foi apresentado um excerto do episódio ‘The Chosen’ em “Jesus ama as crianças” e a história bíblica sobre David e Saul, do Antigo Testamento (Samuel 24, 1-23), refletiram também sobre a expressão ‘olho por olho’ e sobre quem é o Messias.

Foto: MAAC Dioceses de Lisboa e Santarém

Em ‘agir’, a terceira etapa do método de Revisão de Vida, as crianças e adolescentes escolheram uma parte do corpo que “ajudasse a executar a tarefa de ser diferente”, como: “os olhos para não olhar com inveja; as orelhas para prestar mais atenção, escutar e compreender o outro; o coração para amar mais, sentir mais as emoções; as pernas para nadar e correr; as mãos para agarrar a mão do outro e a mão de Deus”.

Segundo o Movimento de Apostolado de Adolescentes e Crianças (MAAC) das Dioceses de Lisboa e Santarém nestes dias do ‘Campo de Férias’ aprenderam “a ser mais resistentes e ter mais paciência”, e, no final, os grupos tiveram novos nomes, como: ‘ADQF- Amar de qualquer forma’; ‘Construtores humanos’; ‘ADN- amar a Deus naturalmente’.

O plano de ação que o MAAC, “Movimento de Ação Católica essencialmente apostólico que tem como objetivo fundamental fazer dos adolescentes e crianças, agentes ativos na evangelização”, tem em curso no triénio 2023-2026 tem como lema ‘Cuidar de mim para poder cuidar dos outros’, visando “o serviço do outro e do bem comum”, bem como o cuidado da saúde mental.

CB

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