Igreja/Portugal: Encontro Nacional de Pastoral Litúrgica 2024 sublinha importância da oração e da formação

Isabel Alçada Cardoso recorda «papel fundamental» destas iniciativas

Lisboa, 16 jul 2024 (Ecclesia) – O 48.º Encontro Nacional de Pastoral Litúrgica (ENPL) vai decorrer em Fátima, de 22 a 25 de julho, sublinhando este ano a importância da oração e da formação, neste campo, para as comunidades católicas.

Isabel Alçada Cardoso, da equipa organizadora da ENPL, considera que um “dos grandes problemas da atualidade é a falta de formação litúrgica”.

A questão sente-se tanto “em Portugal, como na Igreja Universal, o que levou o Papa Francisco a escrever, em 2022, a carta apostólica ‘Desiderio Desideravi’ sobre a formação litúrgica”, disse a Agência ECCLESIA Isabel Alçada Cardoso, que vai apresentar uma conferência sobre o tema ‘A Liturgia, espiritualidade encarnada: da contemplação ao assombro’.

A 48º edição do Encontro Nacional de Pastoral Litúrgica realiza-se em Fátima, de 22 a 25 deste mês, e tem como tema ‘A Liturgia, Escola de Oração’.

Segundo a entrevistada, os encontros nacionais de pastoral litúrgica têm tido “um papel fundamental na formação litúrgica, não só em temas que têm a ver com a liturgia, mas também em conferências e na própria formação pela liturgia”.

Estas iniciativas são para “os agentes litúrgicos, mas é também para todo o povo de Deus, tanto que uma das formas que essa difusão se alarga é que as conferências e as celebrações são depois publicadas através dos meios digitais porque todo o povo de Deus precisa desta formação”, realçou Isabel Alçada Cardoso.

Atualmente, muitas das dificuldades que se encontram na compreensão de determinados ritos e determinadas atitudes” estão relacionados com “a falta de conhecimento e de formação litúrgica, para a liturgia e pela liturgia”.

O ato litúrgico e a ação litúrgica “provocam, ou devem provocar, no homem espanto e assombro”, acrescenta.

Para a oradora, a liturgia e a ação litúrgica “estão plenas de silêncios, e esse silêncio é, precisamente, onde o Espírito Santo atua e pode formar”.

“É no silêncio que nos confrontamos com a consciência, com as exigências do coração, de desejos e de beleza”, afirma Isabel Alçada Cardoso.

O silêncio leva à contemplação e ao assombro “pela ação litúrgica” uma forma de chegar “à adoração”.

“A adoração é algo que está a ser muito reabilitado e que é fundamental na vida de cada crente”, disse a conferencista numa entrevista ao Programa ECCLESIA emitido hoje, na RTP2.

Para a responsável do ENPL, a liturgia é por “excelência a oração” e o “silêncio é incomodativo, mas forma os cristãos”.

As inscrições para o encontro decorrem online.

O presidente da Comissão Episcopal da Liturgia e Espiritualidade, D. José Cordeiro, convida à participação num momento “importante da formação litúrgica”, particularmente para quem exerce ministérios.

HM/LFS/OC

Fátima: Encontro da Pastoral Litúrgica centrado na «Liturgia – Escola de Oração»

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