Igreja/Portugal: Do primeiro ao quinto Congresso Eucarístico Nacional sete participantes têm processos de canonização

Painel dedicado à santidade realizou-se com a novidade da autorização da Santa Sé do processo de canonização da fundadora Servas Franciscanas Reparadoras de Jesus Sacramentado

Braga, 01 jul 2024 (Ecclesia) – O V Congresso Eucarístico Nacional (CEN), que decorre em Braga, destacou hoje a vida de sete pessoas que participaram no I Congresso Eucarístico Nacional, há 100 anos, e têm processos de canonização em curso.

Para a Beata Alexandrina Maria da Costa, destacou Alexandre Freire Duarte, “Eucaristia e silêncio” são “inseparáveis”; foi “sobretudo uma mulher da primeira metade do século XX”, nasceu a 30 de março de 1904 e morreu no dia 13 de outubro de 1955, era “uma pessoa humilde” e espera o “segundo milagre para que possa ser proclamada santa e venerada universalmente”.

Já o padre Mário Rui Oliveira explicou que o Frei Bernardo de Vasconcelos, jovem monge beneditino que no primeiro CEN apresentou uma reflexão, “disse sim à poesia, disse sim ao amor e disse sim à santidade, um grande exemplo para hoje”.

O sacerdote leu o poema ‘Revelação’ de Frei Bernardo de Vasconcelos que foi patrono para a JMJ Lisboa 2023, na Arquidiocese de Braga, e afirmou que o seu “caráter ordinário é a coisa mais extraordinária que ele tem”.

Do padre Abílio Correia (9 de fevereiro de 1882 – 29 de junho de 1967), o padre Avelino Marques Amorim também começou por destacar a “humildade”, uma dimensão “apesar de ser impulsionador do movimento eucarístico”, e realçou deste Servo de Deus a sua “preocupação de partilhar a Eucaristia com os outros”, e, em 2025, ano do Jubileu da Esperança esperam um “ano de boas notícias”, com o relator a trabalhar na última fase do documento.

A superiora geral das Servas Franciscanas Reparadoras de Jesus Sacramentado, irmã Emília Seixas, apresentou a cofundadora desta congregação religiosa, a irmã Alzira Sobrinho (Ir. São João), sublinhando “a resiliência, enquanto sonhadora de um sonho que se tornou realidade; no painel, o bispo de Bragança-Miranda, D. Nuno Almeida, de onde a congregação é natural, informou que a Santa Sé autorizou a abertura do processo de beatificação e canonização da Irmã São João.

Outra figura abordada foi a do arcebispo de Évora entre 1920 e 1955, D. Manuel Mendes da Conceição Santos; o padre Ricardo Nuno Carolino Lameira assinalou a sua ação pastoral junto das comunidades e dos poucos sacerdotes que a arquidiocese tinha, realçou a sua “humildade, suma inteligência” e o estar “sempre ao serviço”.

A causa de canonização te “440 cartas do D. Manuel para a mãe, 10 mil documentos originais”, e todas as cartas “têm sempre uma dimensão espiritual” de alguém que “não sabia escrever em colocar cunho divino”.

D. António Moiteiro, bispo de Aveiro, recordou D. João de Oliveira Matos – declarado venerável, a 3 de junho de 2013 -, que há 100 anos, “pregou na Missa de encerramento” do I CEN; sobre a sua vida e ação afirmou ainda que “os santos fazem outros santos, critério maior da santidade”.

A irmã Maria Ivone Coelho apresentou a vida da fundadora da Congregação das Irmãs Concepcionistas ao Serviço dos Pobres, que “desenvolveu a sua missão em Elvas” e foi venerável desde 5 de julho de 2013: Madre Maria Isabel da Santíssima Trindade.

A religiosa era de uma “família abastada”, “mulher rica que se fez pobre para servir os pobres”; casou-se em 1912 e passados 10 anos, quando o seu marido morreu, “sofreu horrivelmente, maior desgosto da vida” e deu-se ao apostolado em Santa Eulália, sentindo o chamando para a vida consagrada.

O V CEN, com o tema “Partilhar o Pão, alimentar a Esperança. ‘Reconheceram-no ao partir o Pão’(Lc 24,35)”, está a decorrer em Braga, desde sexta-feira, e termina este domingo, com a Missa no Sameiro, após uma peregrinação da Sé, que começa às 07h00.

CB/OC

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