Igreja/Portugal: Conferência Episcopal saúda nomeação do novo bispo das Forças Armadas e Forças de Segurança

«É de coração que o saúdo e felicito: bem-vindo!» – D. Rui Valério, administrador apostólico do Ordinariato Castrense

Lisboa, 22 nov 2024 (Ecclesia) – A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) saudou a nomeação do padre Sérgio Dinis como novo bispo da Diocese das Forças Armadas e Forças de Segurança, anunciada hoje pelo Papa Francisco.

Em nota enviada à Agência ECCLESIA, os bispos católicos desejam ao novo responsável “um frutuoso ministério pastoral neste setor tão relevante para a vida no país, bem como uma participação ativa no seio da Conferência Episcopal”.

O Papa Francisco nomeou esta sexta-feira o padre Sérgio Manuel Ribeiro Dinis, da Diocese de Vila Real, como novo bispo do Ordinário Castrense, em substituição de D. Rui Valério, que vai continuar “a guiar o Ordinariato Castrense como Administrador Apostólico até à tomada de posse do seu sucessor”.

D. Rui Valério, patriarca de Lisboa, destaca que a circunstância do “clima jubilar” que a Igreja Católica já está a viver, “centrados na esperança, oferece o feliz contexto desta abençoada nomeação, que se reveste de elevado valor e significado”.

“O chamamento dirigido à Diocese castrense para a caminhada sinodal e para peregrinar na esperança, terá em D. Sérgio um pastor que caminhará sinodalmente, em comunhão com os Capelães, com os Militares, com os Polícias e com os Civis”, acrescenta o atual administrador apostólico do Ordinariato Castrense.

Numa nota enviada à Agência ECCLESIA, D. Rui Valério salienta que “a alegria é imensa” pela solicitude pastoral que a Igreja, na pessoa do Papa Francisco, “demonstra para com as Forças Armadas e Forças de Segurança” e é “de coração” que saúda e felicita D. Sérgio Dinis.

“O júbilo brota também pela disponibilidade do Excelentíssimo D. Sérgio Dinis para assumir esta missão que tem tudo de evangélico: é, ao mesmo tempo, deslumbrante e exigente; interpelante e interpeladora; feita de dom e de empenho, de gratuidade e dedicação que D. Sérgio, com a graça de Deus e a sua pujante vida espiritual, realizará com o povo a ele confiado”, desenvolveu o responsável do Ordinariato Castrense desde 2018 e administrador apostólico desde 2023, quando foi nomeado patriarca de Lisboa.

O Ordinariato Castrense de Portugal é assim designado a partir de 1986, com a Constituição Apostólica ‘Spirituali Militum Curae’’; 1966 e 2000, tratava-se de um setor pastoral a cargo do patriarca de Lisboa.

Através do decreto n.º 387/87, de 17 de março de 2001, João Paulo II decidiu anuir ao pedido formulado pela Conferência Episcopal Portuguesa, separando o múnus do Ordinariato Castrense de Portugal do de patriarca de Lisboa.

Pertencem ao Ordinariato Castrense e estão sob a sua jurisdição todos os fiéis militares e também aqueles que, por vínculo da lei civil, se encontram ao serviço das Forças Armadas; são também setores integrantes as Forças de Segurança, ou seja, a Guarda Nacional Republicana e a Polícia de Segurança Pública.

O Serviço de Assistência Religiosa das Forças Armadas e das Forças de Segurança foi regulamentado em 2009, na sequência da Concordata assinada entre Portugal e a Santa Sé em 2004, sendo constituído pela Capelania Mor e pelos centros de assistência religiosa da Armada, do Exército, da Força Aérea, da Guarda Nacional Republicana e da Polícia de Segurança Pública.

Sacerdote desde 17 de julho de 1994, D. Sérgio Dinis incardinou-se na Diocese de Vila Real, onde iniciou o seu ministério pastoral como secretário do então bispo diocesano, D. Joaquim Gonçalves (1993-1996).

Desde 1996 até hoje foi pároco da Paróquia de Santa Maria Maior, em Murça; a partir de 1998 assumiu também a Paróquia de Nossa Senhora da Anunciação, em Noura.

O novo bispo foi ainda pároco de Santa Maria Madalena, em Candedo; de Nossa Senhora da Purificação, em Fiolhoso (1996-1998); e de São Sebastião, em Pópulo (1996-2014).

Em Vila Real desempenha funções de juiz do Tribunal Eclesiástico Interdiocesano, arcipreste do Arciprestado Douro II, capelão da Santa Casa da Misericórdia de Murça, sendo membro do Colégio de Consultores, do Conselho Presbiteral e do Conselho de Pastoral da Diocese.

CB/OC

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