Padre João Pedro Bizarro aponta modelo de santidade para a juventude
Porto, 12 dez 2019 (Ecclesia) – O padre João Pedro Bizarro, postulador da causa de canonização do padre Américo, afirmou à Agência ECCLESIA que o padre Américo “cortou com o círculo vicioso da pobreza” e viveu como um santo.
“Colocou os rapazes a tratar dos rapazes e deu-lhes meios para viver; era mais fácil dar uma côdea de pão do que lhes dar instrução e o padre Américo formou carpinteiros, serralheiros, pôs esta gente, que seriamos excluídos, a ser gente válida, e cortou o círculo vicioso da pobreza que para muitos era assim e não tinha outra resolução possivel”, disse o padre João Pedro Bizarro.
O sacerdote da Diocese do Porto acrescentou que o padre Américo “fez tudo por Deus, doando-se e lutando para que não fosse uma realidade final”.
O Papa aprovou a publicação do decreto que reconhece as “virtudes heroicas” do padre Américo – passo central no processo que leva à proclamação de um fiel católico como beato, penúltima etapa para a declaração da santidade, anunciou hoje o Vaticano.
Com este primeiro dos três passos que podem levar o fundador da Obra do Gaiato aos altares o padre João Pedro Bizarro explica que agora se “requer um milagre”.
“Este foi um passo muito importante reconhece que ele viveu as virtudes de modo heróico, ou seja, acima da média do ordinário, agora para ser declarado beato requer-se o milagre”, refere.
O postulador refere que é preciso haja a “confirmação do Céu para aquilo que da terra já intuímos, que era um homem extraordinário”.
“A parte dos homens está feita, agora é recolher as provas e pedir que cheguem à postulação; há muita gente que pede graças ao padre Américo, peço que lhe rezem, peçam intercessão e bênçãos do Céu e não se esquecam de me fazer chegar”, pede.
Para o postulador, a beatificação “requer tempo”; quanto à possibilidade de tal acontecer pela altura da Jornada Mundial da Juventude de 2022, o padre João Pedro Bizarro aponta o padre Américo como “modelo para a juventude”.
“Quando se diz que a juventude não tem horizontes, o padre Américo acreditou na juventude, dizia que não havia rapazes maus.. E quando toda a gente dizia que não havia solução, ele ia à procura deles e amava-os, eis o modelo para nós”, afirma.
Além do padre Américo o sacerdote acrescenta ainda os nomes de Sílvia Cardoso e D. António Barroso, “ambos na mesma fase de processo”, cuja beatificação também poderia coincidir com a próxima edição internacional da JMJ, em Lisboa.
PR/SN
Vaticano: Papa abre caminho à beatificação do Padre Américo, fundador da Obra da Rua