Igreja/Jubileu: D. Pio Alves assinala centralidade da misericórdia, depois de Ano Santo extraordinário

«Obrigado, Papa Francisco», escreve o presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais

Liusboa, 04 nov 2016 (Ecclesia) – O presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais agradeceu ao Papa a realização do Ano Santo extraordinário, que se vai concluir no próximo dia 20, sublinhando a importância da justiça e da misericórdia.

“Faz falta, é imprescindível, a justiça: verdadeira, humana, reflexo da justiça divina. Mas só com a justiça: seca, implacável, que desconhece as circunstâncias, isto é, as pessoas, não construiremos um mundo para todos. E o mundo que Deus quis é todo para todos”, escreve D. Pio Alves, na mais recente edição do Semanário ECCLESIA.

No texto, publicado hoje, o prelado analisa que num mundo, que todos fazem “todos os dias, “dominam”, por exemplo, “os extremos do império da lei ou da vida sem lei; o fabrico de leis à medida de objetivos preconcebidos; a condenação legal do ladrão de uma caixa de fósforos e a absolvição legal do desvio de milhões; o uso (a manipulação) da justiça para esmagar os pobres de todas as pobrezas”.

O artigo de opinião, intitulado ‘Obrigado, Papa Francisco!’, sublinha que a Igreja Católica se prepara “o final do Ano da Misericórdia”, mas “não para o fim da misericórdia”.

“Misericórdia é a letra pequena da lei, que explica, que aplica, que excetua, que amplia. Letra pequena, imprescindível para ler corretamente a letra grande. Misericórdia é o cimento que cola os cacos de um qualquer desastre que parece condenação à morte”, desenvolve o bispo auxiliar do Porto.

O presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais considera que o Ano Santo Extraordinário, convocado pelo pontífice argentino, recordou que cada um é “mediador de misericórdia” à sua medida.

Segundo o prelado, o jubileu recordou também que existe o “compêndio das chamadas ‘obras de misericórdia’, que compreende obras “corporais” e “espirituais”.

“Recordou-nos que a nossa relação com Deus é a do filho pródigo e que Deus supera o Bom Samaritano”, acrescenta D. Pio Alves, no Semanário ECCLESIA.

CB/OC

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