Igreja: Diocese de Aveiro ordenou sete diáconos permanentes

D. António Moiteiro fala em formação de leigos que vai marcar pastoral na diocese e nas comunidades

 

Aveiro, 09 dez 2023 (Ecclesia) – D. António Moiteiro ordenou sete novos diáconos permanentes para a diocese de Aveiro, procurando que o ministério destes homens que se disponibilizam para servir a Igreja possam fazê-lo a partir da “palavra, da liturgia e da caridade”.

“Felizmente o ministério de diácono permanente têm longa tradição na diocese. Neste momento temos 38 diáconos e é sobretudo uma presença ministerial no sacramento da ordem e das comunidades cristãs. Não para suprir os sacerdotes, mas um ministério que tem um lugar na vida da igreja, no ministério da palavra, litúrgico e da caridade”, apresentou o bispo de Aveiro à Agência ECCLESIA.

Jorge Ribeiro, de 47 anos da paróquia da Gafanha da Encarnação, Manuel Nunes, com 49 anos da paróquia de Albergaria-a-Velha, Jorge Frade, de 46 anos da paróquia de Fonte de Angeão, Ricardo Julião, com 47 anos da paróquia de Soza, José Vaz, com 60 anos da paróquia de Ílhavo, João Pinho, com 44 anos da paróquia de Nariz e António Guarino, 64 anos da paróquia de Valongo do Vouga, foram ordenados na Sé de Aveiro, na Solenidade da Imaculada Conceição.

António Guarino recorda que recusou duas vezes antes de aceitar fazer o cami8nho de formação.

“Estava a trabalhar fora, dedicado aos têxteis mas sempre em serviço”, explica.

A sua esposa, Nair Santos, foi responsável, juntamente com os filhos, pela segunda recusa: “À terceira disse-lhe – «Está na hora, segue que eu acompanho-te». E cá estamos, felizes e ao lado um do outro”, conta.

O casal Jorge Ribeiro e Elsa Ribeiro dão conta de um “chamamento” ao qual é necessário responder diariamente com um «sim».

“O chamamento não foi só hoje, mas fruto da nossa conversão há uns anos. Descobrimos um caminho que nos conduziu à felicidade que nos tem trazido muitas alegrias. É um chamamento para fazermos mais alguma coisa. Como família estamos mais fortes. Antes eram as coisas do mundo que não nos levavam a lado nenhum; em família organizamo-nos para servir e viver”, traduz o casal.

Jorge Frade fez votos de celibatário e neste caminho de ordenação de diácono permanente não exclui uma possível ordenação sacerdotal.

“Este é um passo que começou há algum tempo. Estive sempre ligado à Igreja, ligado à pastoral juvenil, ao escutismo, sempre fui catequista para preparar grupos para o crisma. A vocação ao sacerdócio nunca esteve fora de possibilidade. Porque não? Sou solteiro e fiz votos de celibato e poderei um dia aceder ao sacerdócio. Ser solteiro poderá dar-me disponibilidade, apesar de ter vida profissional, posso dedicar-me mais aos outros”, conta.

Manuel e Lurdes Nunes falam de um caminho que foi acontecendo rumo à ordenação diaconal.

“A formação de leigos deu-me a possibilidade de chegar a diácono. Pensei: porque não? Sem metas e condições no caminho, fui fazendo a formação. E esta é mais uma missão em casal que já acontecia na catequese e como ministros da comunhão. Temos de estar em conjunto. O que nos liga a Deus, liga-nos também mais em família”, explicam.

D. António Moiteiro dá conta da formação que está a ser realizada na escola de leigos para que na vida na diocese e nas comunidades possa ser mais participada.

“A escola de formação tem feito um esforço de formar leigos. Estamos com os ministérios que o Papa instituiu para a Igreja – de catequista, leitor, acólito – e eu acrescentei o serviço da caridade. Vamos ter cerca de 100 pessoas como candidatos aos ministérios”, precisou.

HM/LS

 

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