Igreja: D. José Ornelas despede-se de Setúbal e critica «tiranetes» da atualidade

Bispo deseja que diocese tenha o “mais cedo possível”, um novo pastor e siga o “caminho sinodal iniciado”.

Foto: Diocese de Setúbal

Setúbal, 07 Mar 2022 (Ecclesia) – D. José Ornelas disse, este domingo, na missa de ação de graças pelo ministério episcopal na Diocese de Setúbal, que os “tiranetes de hoje” promovem “a morte, a destruição, humilhação e refugiados”.

“Não é difícil de ver, em nós e à nossa volta, a tentação constante de uma afirmação pessoal que não se põe ao serviço dos outros mas que se serve deles”, referiu o administrador diocesano de Setúbal que vai tomar posse, dia 13 deste mês, como Bispo de Leiria-Fátima.

Na Sé de Setúbal, o terceiro bispo da diocese sadina pediu aos cristãos que encarem a sua “partida e a vinda de um novo bispo” à luz das imagens da Palavra de Deus.

“É um momento importante na vida da Igreja porque isto não é apenas uma mudança de líder ou questão administrativa porque o bispo não é aquele que faz a Igreja”, frisou D. José Ornelas.

“O olhar de Deus não se fixa simplesmente num lugar e num povo”, mas a igreja tem de se abrir “para fora de si própria” e “que sai de si”, proferiu na homilia D. José Ornelas.

“Não vou daqui porque pedi nem porque desejei porque sempre pensei que iria passar aqui o resto da minha vida como bispo”, confessou.

O administrador diocesano de Setúbal afirmou na celebração que foi naquela diocese que “aprendeu a ser bispo” e que leva “todos os momentos no coração”.

A Igreja é um lugar onde “se troca afeto” e foi, com a imagem peregrina de Fátima, que D. José Ornelas conheceu a diocese e o seu lado afetivo.

O futuro Bispo de Leiria-Fátima esteve cerca de seis anos em Setúbal (tomou posse em outubro de 2015) e leva o povo sadino “no coração” e agradeceu “o acolhimento”.

Na parte final da homilia, D. José Ornelas desejou que a Diocese de Setúbal tenha o “mais cedo possível, um novo bispo” e siga o “caminho sinodal iniciado”.

LFS

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