Cidade do Vaticano, 17 abr 2023 (Ecclesia) – O cardeal português D. José Tolentino Mendonça e o arquiteto Álvaro Siza Vieira vão apresentar esta terça-feira, em conferência de imprensa, o Pavilhão da Santa Sé na Bienal de Arquitetura de Veneza.
A participação do Vaticano está subordinada ao tema ‘Amizade social: encontrar-se no jardim’ e a 18ª edição da Bienal decorre de 20 de maio a 26 de novembro deste ano.
Além do cardeal Tolentino Mendonça, prefeito do Dicastério para a Cultura e a Educação (Santa Sé) e de Siza Vieira, encarregado do projeto executivo do Pavilhão, vão falar com os jornalistas os arquitetos Roberto Cremascoli, curador do espaço, Emanuele Almagioni, Giacomo Borella e Francesca Riva (Studio Albori), também encarregados pelo projeto executivo.
A Santa Sé está de regresso a Veneza, cinco anos depois, numa edição que celebra o papel dos arquitetos na criação de um futuro melhor e mais sustentável.
D. José Tolentino Mendonça adiantou, em comunicado, que a segunda presença da Santa Sé na Bienal de Arquitetura quer ser “uma manifestação do desejo da Igreja de estar próxima, não apenas do mundo da arquitetura, mas das artes em geral, e deve ser vista como uma declaração programática de como o Dicastério procurará garantir a presença da Igreja nesses lugares, eventos e espaços onde os artistas se reúnem”.
A Santa Sé vai ocupar os atuais edifícios do Mosteiro Beneditino e nos jardins da Abadia, desenvolvendo o tema da amizade social, a partir dos ensinamentos do Papa Francisco nas ‘Encíclicas Laudato si’ (2015) e ‘Fratelli Tutti’ (2020).
Álvaro Siza Vieira, prémio Pritzker em 1992, e o coletivo italiano ‘Studio Albori’ apresentam as suas obras, em diálogo com o tema geral da Bienal, ‘O Laboratório do Futuro’ proposto por Lesley Lokko, curador da edição de 2023.
“A instalação ‘O Encontro’, de Álvaro Siza Vieira, acolhe e conduz o visitante, que dialoga com as peças desenhadas pelo mestre, ao espaço exterior. Este último, com um novo jardim projetado pelo Studio Albori, será apresentado com um novo arranjo. Este espaço, normalmente reservado à comunidade beneditina, será aberto à visita”, indica uma nota da Santa Sé.
A Santa Sé estreou-se nesta Bienal de Arquitetura em 2018, quando expôs dez Capelas nos jardins da Ilha de San Giorgio Maggiore, incluindo uma obra do português Eduardo Souto Moura.
OC