Guarda: Bispo lança desafios para a diocese e espera um sucessor

D. Manuel Felício vai completar 75 anos a 6 de novembro

Foto: Agência ECCLESIA/MC; D. Manuel Felício

Guarda, 19 jan 2022 (Ecclesia) – D. Manuel Felício, bispo da Guarda, celebrou o 17.º aniversário à frente da diocese, fazendo um balanço das atividades pastorais do último ano e apontando à sua renúncia ao cargo, dado que completa 75 anos de idade em 2022.

O responsável falava este domingo, dia em que celebrou 17 anos como bispo da Guarda, e recordou o ano de 2021, com todas as limitações e dificuldades impostas pela pandemia, desde a “necessidade urgente de acompanhamento às famílias”, à “pastoral de acompanhamento e formação dos jovens”, rumo à Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023.

O responsável destacou ainda a “proximidade com os sacerdotes”.

D. Manuel Felício adiantou que, até 6 de novembro, data do seu 75.º aniversário natalício, vai apresentar ao Papa “o pedido formal de dispensa das responsabilidades de bispo diocesano”.

“Desde já rezo por aquele que me há de suceder, no ministério episcopal, e o mesmo peço a toda a Diocese. E sugiro desde já que, depois de haver diálogo o mais abrangente possível, na Diocese, através do Conselho Presbiteral, se façam chegar ao núncio apostólico, representante do Santo Padre em Portugal, indicadores sobre o perfil do novo bispo. Este vai ser certamente um grande momento de bênção para todos nós”, declarou.

O Código de Direito Canónico determina que qualquer bispo diocesano que tenha completado 75 anos de idade deve apresentar a renúncia do ofício ao Papa, o qual toma uma decisão sobre o caso.

Como desafios para a diocese, o bispo da Guarda disse na Missa a que presidiu na Sé da Guarda que sonha com uma casa sacerdotal, “com as necessárias condições para acolher bem os sacerdotes que se deram por inteiro à vida da Diocese” e espera novas vocações sacerdotais, “fazendo apelo à boa tradição existente na Diocese”.

“Com as outras três Dioceses envolvidas, precisamos de repensar o modelo de Seminário Maior Interdioceano que temos, sobretudo para reforçar a sua proximidade ao Presbitério e à Diocese; e impõe-se apostar cada vez mais na formação e na comunhão entre todos os ministérios e serviços, procurando que sejam bem coordenados pelos sacerdotes e diáconos”, reforçou na homilia, enviada hoje à Agência ECCLESIA.

D. Manuel Felício sublinhou a necessidade de “fortalecer a relação entre a Cúria e as paróquias, o que pede a informatização da Cúria Diocesana” e o cuidado da “Pastoral da Cidade”, “articulando o melhor possível quer as distintas iniciativas dentro de cada aglomerado urbano quer a sua relação com a realidade envolvente”.

SN/OC

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