Funchal: Distância entre a vida pessoal e o ideal anunciado é um «risco quotidiano» para os sacerdotes, afirma D. Nuno Brás

Bispo diocesano presidiu ao Dia do Clero e destacou que «aceitar ser julgado pelo Amor não é caminho fácil»


Funchal, 16 jun 2023 (Ecclesia) – O bispo do Funchal presidiu esta sexta-feira, no Paúl do Mar, à celebração do Dia do Clero e alertou os sacerdotes que “aceitar ser julgado pelo Amor não é caminho fácil”, falando num “risco quotidiano”.

“Engana-se, no entanto, aquele que julga que este é o caminho fácil. Aceitar viver na presença de Deus é bem mais difícil que aceitar viver na presença dos homens. Estar disponível para ser presença do Amor divino — aceitar que todos possam notar a distância que sempre existe entre a nossa vida pessoal e Aquele que anunciamos e tornamos presente é o nosso risco quotidiano, que, em cada momento que passa, nos convida à santidade”, indicou na homilia enviada à Agência ECCLESIA.

D. Nuno Brás referiu ainda que “aceitar ser julgado pelo amor é bem mais difícil que ser julgado pelo pecado”.

“Como contrastam a sabedoria e a inteligência deste mundo, com a pequenez, a loucura de quem se entrega ao serviço do Reino, animado apenas pelo Amor”, referiu.

Na sua homilia, o bispo do Funchal destacou o tempo atual, como “tempo da misericórdia, o tempo da paciência, o tempo do perdão oferecido ao pecador” e “o tempo de uma nova oportunidade”.

D. Nuno Brás alertou para o “Amor, fonte de toda a realidade” que exige “transformação, caminho, entrega total e sincera”.

Jamais nos deixa como antes. Mas esse Amor é, também, de um modo não menos surpreendente, cheio de paciência e misericórdia Dessa paciência, faz parte aquela não menos surpreendente capacidade de não desistir de ninguém”, sublinhou.

SN

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