Fiéis Defuntos: Papa presta homenagem a soldados mortos na II Guerra Mundial, que «gritam pela paz»

Papa presidiu a Missa no Cemitério Militar Francês de Roma

Foto: Lusa/EPA

Roma, 02 nov 2021 (Ecclesia) – O Papa presidiu hoje à Missa no Cemitério Militar Francês, em Roma, para assinalar a comemoração litúrgica dos fiéis defuntos, e pediu respeito pelos soldados mortos em combate, que “gritam pela paz”.

“Lutamos o suficiente para que não haja guerra, para que não haja economias nacionais alimentadas pela indústria do armamento?”, questionou Francisco, na homilia da celebração, evocando as vítimas da II Guerra Mundial (1939-1945).

O Papa começou a sua passagem pelo local, de forma simbólica, depositando rosas brancas em vários túmulos, antes de caminhar em silêncio, por entre as campas.

“Hoje a pregação deveria ser olhar para os túmulos: ‘morto pela França’. Alguns têm nome, outros poucos não, mas são uma mensagem de paz”, indicou, numa celebração transmitida online.

Francisco pediu que todos ouçam os apelos deixados pelas vítimas da violência e da guerra: “Parai, irmãos e irmãs, parai. Parai, fabricantes de armas, parai.”

Morreram porque foram chamados a defender a pátria, defender valores, ideais, e tantas vezes a defender situações políticas tristes e lamentáveis. São vítimas, vítimas da guerra, que devora os filhos da pátria”.

O Papa recordou as suas anteriores visitas a cemitérios militares, para assinalar a comemoração dos fiéis defuntos – em 2017 visitou o cemitério norte-americano em Roma e em 2014 o de Redipuglia, por ocasião do centenário do começo da I Guerra Mundial.

“Penso no desembarque da Normandia. 40 mil…”, disse ainda.

Francisco mostrou-se impressionado com a visita a um túmulo de um soldado “desconhecido, morto pela França”.

“Nem sequer o nome… No coração de Deus está o nome de todos nós, mas esta é a tragédia da guerra”, referiu, numa homilia pronunciada sem recurso a texto escrito.

O Papa sublinhou o simbolismo desta data, no calendário litúrgico, e convidou cada um a pensar no “último passo”, sendo capaz de “abrandar a marcha”, quando pensa na morte.

“É importante que este último passo nos encontre a caminho, não andando a passear”, observou.

Esta quinta-feira, o Papa vai presidir à tradicional Missa em sufrágio dos cardeais e bispos falecidos durante o último ano, na Basílica de São Pedro.

OC

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