Fátima: 13 de maio une-se ao ano de oração convocado pelo Papa, a caminho do Jubileu 2025

«O silêncio, mesmo no meio da multidão, faz parte da experiência de Fátima. E o silêncio é condição para a oração» – padre Carlos Cabecinhas

Foto: Lusa

Lisboa, 10 mai 2023 (Ecclesia) – Os participantes peregrinação internacional dos dias 12 e 13 de maio, no Santuário de Fátima, vão unir-se ao ano de oração convocado pelo Papa, em preparação para o Jubileu 2025, oficialmente proclamado esta quinta-feira.

“Este ano, o tema que guia a vida do Santuário é a oração. Aliás, é o tema que o Papa Francisco propõe para toda a Igreja, como preparação para o Ano Santo, que celebraremos em 2025. Portanto, este ano tem essa temática da oração em toda a Igreja”, refere o padre Carlos Cabecinhas, reitor da insituição, em entrevista ao Programa ECCLESIA que é transmitido hoje, na RTP2.

O sacerdote explica que este foi o mote assumido para 2024, dada a importância da oração para o Santuário, em conjunto com a formulação dos “Chamados ao Encontro”, tema do ano pastoral 2023/2024, que procura “salvaguardar” a dupla dimensão do encontro, com Deus e com os irmãos.

“Esta é, por excelência, a grande peregrinação a Fátima em cada ano. Não só porque liturgicamente é a celebração de Nossa Senhora de Fátima, mas porque é a data mais significativa também no calendário de Fátima. E é importante que, neste momento tão significativo para Fátima, a sintonia com esta dimensão da oração esteja presente, sobretudo porque a oração vai atravessando como o elemento comum cada uma das aparições”, destacou.

O reitor do Santuário mariano salienta que “desde as aparições do anjo em 1916, às aparições de Nossa Senhora em 1917, a oração aparece sempre como uma realidade pedida, como uma realidade solicitada”, como algo que Deus quer e que todos são “convidados a assumir”.

O arcebispo de Barcelona (Espanha), o cardeal Juan José Omella, vai presidir pela primeira vez à Peregrinação Internacional Aniversária de 12 e 13 de maio, que faz memória da primeira aparição de Nossa Senhora aos três Pastorinhos, em 1917.

“É muito interessante que um dos testemunhos que nós recebemos com mais frequência no Santuário de Fátima, e não deixa de ser paradoxal, é a experiência de oração que os peregrinos ali fazem”, salienta o padre Carlos Cabecinhas, que justifica que nestes dias de maior afluência à Cova da Iria, é expectável que o silêncio “não seja a marca mais evidente e característica”.

No entanto, o sacerdote manifesta que este “não deixa de estar presente”, lembrando a celebração que acontece no dia 12 de maio, à noite, que conduz a imagem de Nossa Senhora à Capelinha das Aparições, em que a assembleia é convidada a estar em silêncio.

“O Santuário de Fátima é o único lugar onde eu conheço uma procissão em silêncio”, diz o padre Carlos Cabecinhas, sublinhando “o silêncio da multidão, de milhares e milhares de peregrinos”.

“Aliás, em qualquer das vindas dos Papas, este é sempre o aspeto que retemos na memória. O Papa chega e fica em oração na capelinha, e a imensa multidão fica em silêncio”, frisa.

O reitor do Santuário de Fátima reforça que, “por vezes, este é um silêncio que se prolonga e que a multidão respeita”.

O silêncio, mesmo no meio da multidão, faz parte da experiência de Fátima. E o silêncio é condição para a oração”

Antes de a Peregrinação Internacional Aniversária de 12 e 13 de maio acontecer, tem início uma “intensa operação logística” para “acolher bem milhares de fiéis”, informa o Santuário de Fátima.

Liturgia, pastoral, hospedagem, vigilância e gestão operacional, manutenção, sistemas de Informação, som e imagem são dimensões tidas em conta para a concretização da celebração, que conta também com o apoio de cerca de 200 voluntários, ao longo de vários meses.

Uma centena de grupos de mais de 20 países já estão inscritos na primeira grande peregrinação de 2024 do santuário português.

PR/LJ/OC

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