Évora: Arcebispo pede «autenticidade» na Vida Consagrada, para gerar testemunho de «alegria»

D. Francisco Senra Coelho assinalou Dia do Consagrado e o Dia de Nossa Senhora da Purificação, padroeira do Seminário Maior

Évora, 02 fev 2024 (Ecclesia) – O arcebispo de Évora apelou hoje à “autenticidade” na Vida Consagrada, para que seja capaz de gerar um testemunho de alegria para uma sociedade cansada.

“Acreditamos no mistério que levamos em nós, não nos esgotarmos na exaustão, devemos ter este encontro com a nossa beleza interior. É evidente que ninguém quer escolher por si vidas infelizes e a felicidade passa muito pelo sabor da vida, pela paz, pela alegria”, referiu, durante a sessão comemorativa do Dia do Consagrado e o Dia de Nossa Senhora da Purificação, padroeira do Seminário Maior de Évora.

D. Francisco Senra Coelho precisou que esta alegria “só surge com autenticidade, quando há um recheio de verdade que produz depois a beleza”.

“A beleza não nasce nunca da revolta, do cansaço. A beleza nasce da harmonia”, acrescentou.

Falando perante consagrados, consagradas e a comunidade do Seminário Maior, o responsável recordou que, ao longo da história da Igreja, houve pessoas vistas como “heróis” e “ícones” para as comunidades católicas, vivendo a fé na sua “radicalidade”, com diversos carismas.

O arcebispo de Évora falou na necessidade de uma “interpelação profética” para o mundo de hoje, tanto através da Vida Consagrada como dos novos movimentos eclesiais.

“Os carismas que o Senhor concede são a prova permanente de que Ele não abandona a sua Igreja e vai tornando os carismas, a cada tempo, presentes e úteis. Hoje também se fala da vida contemplativa no meio da cidade, a vida contemplativa na ação, no trabalho, no quotidiano profissional, a vida contemplativa, até o eremitismo no meio da cidade”, elencou.

Não é possível alguém entusiasmar-se com pessoas de quem se tem pena. Tem-se pena por causa da sua exaustão. Há aqui um profundo apelo, nesta sinodalidade, de fazermos com os outros e não sermos protagonistas que absorvem tudo e se esgotam”.

O arcebispo de Évora sustentou que a sinodalidade traz um “saudável equilíbrio” à Igreja.

O tema foi desenvolvido pelo jornalista Octávio Carmo, da Agência ECCLESIA, que apresentou uma reflexão intitulada ‘Sínodo 2021-2024: O desafio da Igreja como comunidade despojada’.

A irmã Maria de Fátima, religiosa das Irmãs Servas da Santa Igreja e presidente da CIRP (Conferência dos Institutos Religiosos de Portugal) regional de Évora, convidou os presentes a rezar para que “todos os consagrados saboreiem o dom que lhes é concedido pelo Senhor”.

“Somos chamados, cada vez mais, a ser testemunhas da esperança e da comunhão. O que nos desafia a caminhar juntos”, acrescentou, na abertura da sessão.

Após o encontro, D. Francisco Senra Coelho presidiu à Missa na Igreja do Espírito Santo.

A Igreja Católica celebra hoje, 2 de fevereiro, o Dia Mundial do Consagrado, na Festa litúrgica da Apresentação do Senhor; em Portugal, termina a Semana do Consagrado, 26 de janeiro a 2 de fevereiro, com o lema ‘Rezar a Esperança’.

OC

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