Ensino Superior: «Não se deixem morrer! É preciso reinventar e ter coragem» – Padre Eduardo Duque (c/vídeo)

O diretor do Serviço Nacional da Pastoral do Ensino Superior fala em «frustração» pelo cancelamento das bênçãos dos finalistas e considera a realidade da pandemia como um momento importante para «apostar na proximidade»

Braga, 09 mai 2020 (Ecclesia) – O diretor do Serviço Nacional da Pastoral do Ensino Superior (SNPES) pede aos estudantes que “não se deixem morrer” perante este confinamento e quer “apostar na proximidade”, perante algumas receios já demonstrados. 

“A melhor palavra é de esperança é que não se deixam morrer, a ideia é reinventarmos, ter coragem e conversar uns com os outros, adaptar às novas realidades, sermos capazes de ser resilientes nesta certeza que vamos sair mais enriquecidos interiormente”, disse o padre Eduardo Duque, em declarações à Agência ECCLESIA.

O sacerdote acredita que, neste tempo de confinamento, os “estudantes precisam de saber que a Igreja está com eles, com cada pessoa, que se preocupa e reza, com a vida de cada uma”. 

A ideia de “atendimento personalizado” confirmou-se neste tempo de pandemia, onde as aulas são online e a pastoral universitária se foi adaptando, como o caso dos vários centros universitários do país. 

“Não estamos face a face, estamos online, e aí vamos conversando várias coisas, de forma mais pessoal e orientada, até de orientação espiritual, mas depois há um conjunto de atividades que os levam a estar presentes e com os outros”, aponta.

O sacerdote e docente universitário está online diariamente com os estudantes que já vão sentindo ansiedade e receios para a vida futura.

“Vou sentindo alguns alunos que vão transmitindo a dificuldade e receios, a instabilidade do futuro, se a mãe ou pai vão perder o trabalho, o que põe em causa a vida deles, isso vai estando presente”, revela. 

O Padre Eduardo Duque referiu que os estudantes “sentiram esta fase de forma intensa na vida deles”, mas que têm a “capacidade de se reinventarem” e até há jovens que se tornaram mais assíduos nas iniciativas.

“A Pastoral Universitária tem um grupo que são assíduos, mas existem aqueles que nem sempre comparecem às atividades e agora encontrei em alguns desafios que lançamos jovens que não contava que estivessem”, confessa.

Também para os finalistas dos vários cursos este confinamento será uma marca que ficará para as vidas, e traduz-se numa palavra: “frustração”, devido ao cancelamento das bênçãos dos estudantes.

“Frustração, depois de terem um período letivo intenso e o confinamento, dizem-nos que seriam merecedores de um momento bonito para terminar o ano”, afirma. 

Nesse sentido o diretor do SNPES adiantou que o arcebispo de Braga vai enviar uma mensagem de vídeo aos estudantes finalistas apontando a “tranquilidade, serenidade e confiança de uma Igreja que quer caminhar com os jovens”. 

SN

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