Irmã Tânia Encarnação aponta necessidade de «acolhimento e acompanhamento dos universitários»
Porto, 14 set 2002 (Ecclesia) – A irmã Tânia Encarnação, Missionária de São José Cluny e responsável pelo Centro universitário ‘In Manus Tuas’, na Diocese do Porto, disse hoje à Agência ECCLESIA que houve maior procura de alojamento, com lotação esgotada, apontando a necessidade de “acolhimento e acompanhamento dos universitários”.
“Este ano houve uma maior procura na nossa residência, não com antecedência, mas, ao contrário do que acontece noutros anos, nesta altura de início de ano académico, a casa está cheia”, disse a religiosa em declarações à Agência ECCLESIA.
Neste início do ano académico as quatro irmãs que ali residem, uma moçambicana e três portuguesas, tentam acolher quem chega e proporcionar um “ambiente familiar”.
“Queremos que todos os estudantes que aqui chegam se sintam acolhidos pelo que são e pelo que trazem, este ano temos jovens de Portugal, incluindo Madeira e Açores, mas também de Timor, Angola, Moçambique, Arménia, Guiné, Cabo Verde e Equador, uma grande diversidade na casa que implica a nossa dimensão missionária que tanto nos caracteriza”, refere a religiosa.
A irmã Tânia Encarnação explica que tentam que a residência seja uma “extensão ao espaço familiar”, oferecendo um “cuidado acrescido” com todos os jovens e, depois deste tempo de pandemia, ainda há maior necessidade de acompanhamento.
Esta questão da pandemia trouxe uma diferença muito grande dos universitários, em resolver as suas dificuldades e problemas pessoais, e é importante estar atentos e cuidar dos jovens que aqui chegam; além de os escutar, sentimos necessidade de os encaminhar para apoio psicológico, porque há questões muito graves e precisam de ajuda técnica”.
A missionária de S. José de Cluny indica mesmo que é “algo urgente e prioritário” e que as religiosas tentam, “na proximidade cuidado de cada um que ali reside”.
O centro ‘In Manus Tuas’, inaugurado em 2016, tem capacidade de “79 lugares, seja quartos individuais ou duplos”, com várias valências muito valorizadas pelos estudantes.
“Proporcionamos espaço de lazer, de estudo e sala de convívio, momentos de partilha, encontro, musica e oração; a casa tem também espaços no exterior, seja campo de ténis ou o jardim, e permite a possibilidade de trazer outros estudante para estarem aqui, para estudarem juntos e se sentirem em espaço familiar, de confiança, conforto e amizade”, assinala.
A religiosa adianta ainda que, para marcar o início do ano académico na casa, está a ser preparado um “momento de festa”.
“Ainda estamos a receber os residentes, a acolher, já sabemos que temos vários artistas na casa, seja de música ou outras artes, e queremos marcar um tempo de festa para que vejam que há espaço para isso nesta casa”, indica.
SN
